Projeto tem 296 concorrentes e é escolhido como um dos 8 melhores.
O projeto ‘Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música e Memória’, realizado em 60 comunidades quilombolas do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, foi escolhido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como um dos oito vencedores da 30ª Edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, a principal premiação do patrimônio cultural do Brasil.
Neste ano, a premiação homenageia os 80 anos do Iphan, uma das mais longevas instituições públicas do Brasil e a primeira dedicada à preservação do patrimônio cultural na América Latina.
Divididos em quatro categorias, os projetos foram selecionados durante a reunião da Comissão Nacional de Avaliação nos dias 21 e 22 de agosto. Ao todo, participaram 296 ações de preservação do patrimônio e da cultura nacional, de todos os estados brasileiros. Oito venceram.
As ações ganhadoras vieram dos estados de Minas Gerais, Amapá, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A equipe de documentaristas do projeto Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música e Memória – realizado pela Nota Musical Comunicação e Mirar Lejos – percorreu, ao longo de três anos, 60 comunidades quilombolas dos municípios de Berilo, Chapada do Norte, Minas Novas e Virgem da Lapa.
A equipe de documentaristas do projeto Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música e Memória – realizado pela Nota Musical Comunicação e Mirar Lejos – percorreu, ao longo de três anos, 60 comunidades quilombolas dos municípios de Berilo, Chapada do Norte, Minas Novas e Virgem da Lapa.
Mais de 1.200 pessoas participaram cantando, dançando e rememorando suas histórias e a de seus antepassados.
O trabalho registrou as manifestações culturais preservadas nessas comunidades, em festas tradicionais (algumas realizadas há mais de 200 anos), encontros e apresentações marcadas especialmente para esses registros. Foram captadas cerca de 150 horas em vídeo, entrevistas e manifestações culturais, além de um grande acervo fotográfico.
O resultado foi um livro fartamente ilustrado, 30 vídeos de curta-metragem, um banco de imagens e um portal com todo o material disponível gratuitamente - www.quilombosdojequitinhonha.com.br.
O projeto foi patrocinado pela Cemig, Itaú, Petrobras, Finep e Milton Kanashiro Arte, Cultura e Cidadania, e teve apoio da Fundação Heinrich Böll.
Exposição
O material fruto do premiado projeto Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música e Memória também se transformará em uma exposição, que será aberta ao público, em Brasília, no início de novembro próximo, em homenagem ao Mês da Consciência Negra. A exposição Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música, Memória e Resistência contará com o apoio da Fundação Cultural Palmares.
Trabalho revela as manifestações culturais preservadas nas comunidades quilombolas em municípios do Vale do Jequitinhonha .
Comentário do Blog
Este documentário foi realizado com forte apoio de um grupo de militantes da causa negra no Médio Jequitinhonha, no nordeste de Minas, formado por Alessandro Borges 9 Alê do Rosário) e Maria do Rosário de Berilo; Jô Pinto de Itinga; Maria Aparecida do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Chapada do Norte; de Kerlane Kilombola de Virgem da Lapa; Marquim Sapateiro, Ademir do Quingen, Ângela Freire e Lena Rodrigues da comunidade urbana Baú de Araçuaí, Rosa Nilha Rodrigues de Jenipapo de Minas e muit@s outr@s.
Foto: Álbano Silveira Machado - Banu.
Foto: Álbano Silveira Machado - Banu.
Estas e outras lideranças constituíram uma organização , a COQUIVALE - Comissão das comunidades Quilombolas do Médio Jequitinhonha, que vem se destacando no movimento de valorização dos quilombolas, em Minas Gerais.
Esta entidade tem sido referência na visibilidade, valorização e organização das comunidades quilombolas no Vale do Jequitinhonha. A movimentação orgânica e participação ativa em diversos eventos estaduais e nacionais tem provocado convites para atuar em outras regiões como o Vale do Mucuri, Rio Doce e norte de Minas.
Foto: Álbano Silveira Machado- Banu
O projeto "Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música e Memória" traz ainda mais visibilidade e reconhecimento a um dos movimentos quilombolas mais fortes de Minas e do Brasil.
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