Evento acontece entre os próximos dias 16
e 20 de agosto, em Montes Claros.
Há quase dois séculos, as ruas de Montes Claros, no Território Norte do estado, ganham um colorido especial nesta época do ano e se transformam em um reduto de fé, cultura popular, música, e muita alegria. São as Festas de Agosto, que acontecem entre os dias 16 e 20 deste mês.
Em sua 178ª edição, o evento faz um resgate das matrizes africana, portuguesa e indígena, responsáveis pela formação do povo norte-mineiro. A expectativa dos organizadores é a de que 60 mil pessoas visitem a cidade durante o período.
Paralelamente à festa, acontece o 39º Festival Folclórico, que promove o encontro de educadores com membros da comunidade. O Governo de Minas Gerais apoia os dois eventos por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Em sua 178ª edição, o evento faz um resgate das matrizes africana, portuguesa e indígena, responsáveis pela formação do povo norte-mineiro. A expectativa dos organizadores é a de que 60 mil pessoas visitem a cidade durante o período.
Paralelamente à festa, acontece o 39º Festival Folclórico, que promove o encontro de educadores com membros da comunidade. O Governo de Minas Gerais apoia os dois eventos por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Durante as Festas de Agosto, grupos de catopês, marujos e caboclinhos homenageiam Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e o Divino Espírito Santo, valorizando a cultura e a religiosidade popular da região.
A tradição é repassada de geração em geração, sendo motivo de alegria entre os participantes, que se orgulham de suas raízes.
João Pimenta dos Santos, o Mestre Zanza, presidente da Associação dos Grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, começou a participar dos cortejos quando tinha quatro anos de idade. Aos 84 anos, ele é o mais antigo integrante da festa.
“Meu avô era escravo e montou o grupo de catopês quando a cidade ainda era uma fazenda. Quando meu avô morreu, meu pai assumiu a liderança, mas faleceu quando eu tinha 17 anos e a missão passou para mim”, relembra Mestre Zanza.
A história de Maria do Socorro Pereira Domingos, chefe do Primeiro Grupo de Caboclinhos de Montes Claros, é semelhante à do Mestre Zanza. Foi com amor que ela assumiu o lugar do pai, o Mestre Joaquim Poló, após seu falecimento, há oito anos.
“Fui a primeira mulher a entrar para os Caboclinhos, quando tinha oitos anos de idade. Assumi a coordenação em memória ao meu pai e daqui só saio quando morrer”, conta.
História
As Festas de Agosto são as mais antigas e tradicionais de Montes Claros. Atas da Câmara Municipal indicam que o festival surgiu por volta de 1839. De acordo com Aroldo Pereira, um dos organizadores do evento, além de fortalecer a cultura popular local, a festa também ajuda a elevar a autoestima dos moradores da região.
João Pimenta dos Santos, o Mestre Zanza, presidente da Associação dos Grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, começou a participar dos cortejos quando tinha quatro anos de idade. Aos 84 anos, ele é o mais antigo integrante da festa.
“Meu avô era escravo e montou o grupo de catopês quando a cidade ainda era uma fazenda. Quando meu avô morreu, meu pai assumiu a liderança, mas faleceu quando eu tinha 17 anos e a missão passou para mim”, relembra Mestre Zanza.
A história de Maria do Socorro Pereira Domingos, chefe do Primeiro Grupo de Caboclinhos de Montes Claros, é semelhante à do Mestre Zanza. Foi com amor que ela assumiu o lugar do pai, o Mestre Joaquim Poló, após seu falecimento, há oito anos.
“Fui a primeira mulher a entrar para os Caboclinhos, quando tinha oitos anos de idade. Assumi a coordenação em memória ao meu pai e daqui só saio quando morrer”, conta.
História
As Festas de Agosto são as mais antigas e tradicionais de Montes Claros. Atas da Câmara Municipal indicam que o festival surgiu por volta de 1839. De acordo com Aroldo Pereira, um dos organizadores do evento, além de fortalecer a cultura popular local, a festa também ajuda a elevar a autoestima dos moradores da região.
“Gente simples, como trabalhadores da construção civil, carroceiros, padeiros, donas de casa, comerciantes e artistas são os principais mantenedores, organizadores e dançantes do evento”, assinala.
É o caso de José Hermínio Ferreira Pinto, de 51 anos, Mestre da Segunda Marujada de Montes Claros.
“Trabalhei como padeiro durante muitos anos e agora sou ajudante de serviços gerais, mas sempre gostei da festa. É uma tradição do nosso povo. Comecei a participar por curiosidade. Isso foi há 23 anos. Há dois anos, quando o Mestre Tone Cachoeira faleceu, me pediram para assumir a liderança”, diz.
39º Festival Folclórico
Durante a 178ª edição das Festas de Agosto, também acontece o 39º Festival Folclórico de Montes Claros, que irá promover o encontro de educadores para debate dos elementos principais da festa.
É o caso de José Hermínio Ferreira Pinto, de 51 anos, Mestre da Segunda Marujada de Montes Claros.
“Trabalhei como padeiro durante muitos anos e agora sou ajudante de serviços gerais, mas sempre gostei da festa. É uma tradição do nosso povo. Comecei a participar por curiosidade. Isso foi há 23 anos. Há dois anos, quando o Mestre Tone Cachoeira faleceu, me pediram para assumir a liderança”, diz.
39º Festival Folclórico
Durante a 178ª edição das Festas de Agosto, também acontece o 39º Festival Folclórico de Montes Claros, que irá promover o encontro de educadores para debate dos elementos principais da festa.
O evento é uma parceria da Prefeitura de Montes Claros com a Unimontes. Durante o evento serão realizados ainda os lançamentos de livros e uma exposição de estandartes com o artista Elton Souza.
De acordo com o professor da Unimontes, Jânio Marques Dias, mestre em História Social com foco em Religiosidade Popular, durante o encontro será realizado um debate entre profissionais que estudam o tema religiosidade popular.
“Vamos falar sobre os elementos que compõem as Festas de Agosto e sobre a importância de manter essas tradições. A comunidade também participa, pois é aberto ao público. Durante o festival, a universidade também vai promover oficinas de teatro e de artes plásticas”, ressalta.
Incentivo à cultura popular
Em 2016, o Governo de Minas Gerais destinou, aproximadamente, 25% dos recursos do Fundo Estadual de Cultura, o equivalente a R$ 2,5 milhões, a projetos que ajudam a fomentar festas populares, de acordo com o secretário adjunto de Cultura, João Batista Miguel. E esse incentivo tende a aumentar.
“O governador Fernando Pimentel encaminhou este mês à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei (PL) 4.450/17, que institui o Sistema Estadual de Cultura, muda a Lei Estadual de Incentivo à Cultura e as regras do Fundo Estadual de Cultura (FEC). Com essa mudança, as expressões populares serão ainda mais valorizadas", finaliza Miguel.
“Vamos falar sobre os elementos que compõem as Festas de Agosto e sobre a importância de manter essas tradições. A comunidade também participa, pois é aberto ao público. Durante o festival, a universidade também vai promover oficinas de teatro e de artes plásticas”, ressalta.
Incentivo à cultura popular
Em 2016, o Governo de Minas Gerais destinou, aproximadamente, 25% dos recursos do Fundo Estadual de Cultura, o equivalente a R$ 2,5 milhões, a projetos que ajudam a fomentar festas populares, de acordo com o secretário adjunto de Cultura, João Batista Miguel. E esse incentivo tende a aumentar.
“O governador Fernando Pimentel encaminhou este mês à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei (PL) 4.450/17, que institui o Sistema Estadual de Cultura, muda a Lei Estadual de Incentivo à Cultura e as regras do Fundo Estadual de Cultura (FEC). Com essa mudança, as expressões populares serão ainda mais valorizadas", finaliza Miguel.
Fonte: Agência Minas
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