Escola Estadual de Liberdade, que completou 60
anos de fundação, ganhou nova sede mais moderna
para seus 390 alunos, que também receberam
kits escolares
O governador Fernando Pimentel realizou nesta terça-feira (8/8) em Teófilo Otoni, no Território Mucuri, uma visita inaugural ao edifício novo da Escola Estadual de Liberdade, localizada no distrito de Lajinha.
Durante o evento o governador também entregou kits escolares para os alunos da unidade de ensino e para estudantes da comunidade indígena da região. A escola completou 60 anos de fundação em fevereiro passado.
O governador fez questão de lembrar que a conclusão da obra foi possível não só por conta dos investimentos do Estado, mas também pela mobilização da comunidade e pela vocação dos mineiros para trabalhar e vencer obstáculos.
“Nós estamos celebrando aqui uma coisa muito importante, não só para nós, mineiros e mineiras, não só para os meninos que estudam aqui, mas para o Brasil inteiro, que é forma como Minas Gerais está conseguindo enfrentar e vencer esses dias tão difíceis, tão tempestuosos, essa crise tão avassaladora que se abateu sob o Brasil. Não é mérito só nosso não. É claro que o Governo trabalha e muito, mas todos os mineiros e mineiras também. Eu brinco e digo que a vocação dos mineiros é acordar cedo, trincar os dentes e ir trabalhar, com chuva, com sol, não importa. E, quando chega a noite, agradece a Deus por ter atravessado o dia com saúde e pede mais para atravessar o dia seguinte”, afirmou.
Fernando Pimentel lembrou que, ao contrário de outros estados, em Minas Gerais os serviços em áreas essenciais para a população, como saúde, educação e segurança, continuam funcionando, mesmo diante da crise financeira nacional.
“A falta de dinheiro é impressionante. O Estado está suando dia e noite para tentar manter a folha de pagamento, ainda que parcelado, mas estamos pagando. Estamos nos esforçando e as coisas estão funcionando, os postos de saúde, as escolas, a polícia está cumprindo o seu papel. Alguém pode dizer que podia ser melhor. Claro, tudo podia ser melhor, se não fossem quatro anos de recessão econômica, com queda do crescimento e a queda brutal da arrecadação dos municípios, do Governo do Estado, e mesmo do Governo Federal. Se não fosse essa conjuntura tão desfavorável, tudo podia estar melhor. Mas podia estar muito pior. Basta olhar para o lado, olhar para o Rio de Janeiro, para o Espirito Santo. Minas está longe disso, Minas está atravessando a mesma crise, a mesma tempestade, mas nosso barquinho está flutuando e está indo em frente”, disse o governador depois de participar do descerramento da placa inaugural da unidade de ensino.
As obras, que tiveram investimento de R$ 4,1 milhões (dos quais R$ 3,5 milhões em recursos estaduais e o restante da União), começaram em agosto de 2014 e foram paralisadas poucos meses depois.
A construção do prédio foi retomada ainda no primeiro ano da gestão de Fernando Pimentel e entregue à comunidade neste ano. O prédio era uma demanda antiga da comunidade local. Nos últimos anos, a unidade funcionou em locais improvisados.
Desenvolvimento
A secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, lembrou que a iniciativa da construção da escola faz parte de uma diretriz do atual Governo de Minas Gerais de priorizar a área da Educação.
"Muitas vezes, esta escola funcionou em lugares indignos para os alunos e os funcionários. O Governo quer uma escola pública com agenda forte, múltipla, com educação profissional para os jovens. Nós não teremos desenvolvimento sem educação", disse. A secretária lembrou ainda investimentos recentes da pasta, como o lançamento do programa "+Educação". "O nosso Governo quer mais educação, quer mais educação profissional", disse.
Macaé Evaristo anunciou, durante o evento, o lançamento do edital de seleção de projetos de iniciação científica para os Núcleos de Pesquisas e Estudos Africanos, Afro-brasileiros e da Diáspora (Nupeas). O objetivo é incentivar os estudos africanos e afro-brasileiros dentro das escolas mineiras e fomentar a reflexão sobre os processos históricos de discriminação e racismo.
Ela lembrou a importância de a cultura africana entrar para a grade curricular dos alunos nas escolas de Minas Gerais. Para participar da iniciativa, as escolas interessadas deverão apresentar projetos de pesquisa - em conformidade conforme o edital lançado - que serão avaliados e selecionados.
Já a diretora da escola, Cláudia de Cássia Rodrigues de Souza, destacou a importância da nova sede para melhorar o bem-estar e o aprendizado dos alunos. Segundo ela, já é possível perceber que as crianças e os jovens estão mais frequentes nas aulas.
“É um prédio moderno e funcional, que irá favorecer significativamente o aprendizado dos alunos. Este é um momento histórico. Presenciei todas as transformações dessa escola e posso dizer que a nova sede já modificou a vida dos alunos, trazendo a todos mais motivação e prazer. Eles estão mais frequentes e se dedicam mais às aulas”, afirmou.
O prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira, lembrou que os investimentos refletem a atenção do Governo de Minas Gerais com o Território Mucuri. "O Estado sempre foi administrado pela capital. Mas esta gestão está unindo as Minas às Gerais. Esta é a primeira vez que um governador visita a comunidade de Lajinha", disse.
A Escola Estadual de Liberdade foi construída em 1957 pelos próprios moradores do distrito de Lajinha, que fica a 15 quilômetros de Teófilo Otoni. Durante mais de 50 anos, a escola, que abriga 390 alunos, funcionou nas dependências de uma igreja e, antes de ser transferida para o prédio novo, as atividades escolares foram desenvolvidas em um espaço alugado em um antigo motel da cidade.
O novo espaço conta com dois prédios paralelos, interligados por bloco de escada e rampa, 12 salas de aulas, área para recreio coberta, biblioteca, sala de línguas, informática e demais dependências. Há também uma quadra poliesportiva com arquibancada coberta e área reservada para cadeirantes.
Durante a solenidade, o governador entregou kits escolares (compostos por cadernos, blocos de desenho e mapa de Minas Gerais) aos alunos da escola. O Governo do Estado também distribuiu outros 300 kits, de um total de 990, para estudantes indígenas que frequentam as escolas estaduais Izabel Silva Maxakali (localizada no município de Ladainha); Indígena Maxakali (Santa Helena de Minas); Capitãozinho Maxakali (Bertópolis); e Aldeia Mokurin (Campanário), todas localizadas no Território Mucuri. O material foi produzido pela Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge).
Presenças
Também compareceram ao evento o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares; e de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda; o diretor de Negócios da Prodemge, Gustavo Prado; o deputado federal Leonardo Monteiro e os deputados estaduais Durval Ângelo e Neilando Pimenta (representando a Assembleia Legislativa de Minas Gerais). Também estiveram presentes os prefeitos de Itambacuri, Henrique Luiz da Mota Scofield; de Bertópolis, Aristóteles Ângelo Rossi Depolo e de Novo Cruzeiro, Nilton Coelho de Oliveira.
Fonte: Agência Minas
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