KAPEL: a cerveja artesanal de Capelinha
Beber cerveja é um dos maiores hábitos do brasileiro. E não é diferente em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas. Desde novembro de 2016, a cidade conta com a produção artesanal de cerveja. O casal Ana Maria Martins Botelho e Glayton Botelho começou a fabricar a Kapel, que, por enquanto, só pode ser apreciada através de encomendas. Mas, há planos de expandir a fábrica e vender em supermercados e lojas especializadas em toda a região.
Tudo começou quando Ana foi cursar Agronomia na Espanha, através de um intercâmbio. Lá, ela descobriu “que existem mais de mil tipos diferentes de cerveja”. Entusiasmada com o assunto, convidou Glayton e fizeram um curso de produção caseira de cerveja em Belo Horizonte. Ana, que é de Araçuaí, veio para Capelinha junto com Glayton e hoje são casados. Foi através do Empretec, um curso do SEBRAE, que o casal percebeu que era possível produzir cerveja artesanal em solo capelinhense.
Na capital mineira, eles descobriram um local para comprar a matéria-prima e adquiriram o vasilhame necessário para a fabricação. O material é importado, vem de países como Alemanha e Canadá.
A primeira cerveja não ficou “no jeito”. A segunda foi melhorando, e a terceira teve um retorno positivo. “Distribuímos entre os amigos, fiquei muito empolgada com o resultado”, conta Ana Maria.
A cervejeira ressalta ainda que foi aprovada, no final do ano passado, uma lei que permite que microcervejarias, alambiques e vinícolas se encaixem no MEI (Microempreendor Individual). A lei entra em vigor no Brasil a partir de 2018. Enquanto isso, Ana e Glayton têm feito pesquisas de mercado e se inteirado sobre os meios de distribuição e divulgação do produto que fabricam.
Cervejas da marca Kapel (Foto: Divulgação)
Kapel – Linha
Para homenagear Capelinha, o casal Ana Maria e Glayton batizou a cerveja artesanal de Kapel. Foi o amigo e designer Rodrigo Pires quem criou a identidade visual da marca, e a Kapel já figurou como brinde numa festa em Capelinha nesse ano de 2017. “Somos gratos a Capelinha pela acolhida, pelas amizades que a gente vem cultivando. Nada mais justo que esse nome, Kapel”, destaca Glayton.
Ana Maria revela que a capacidade de produção, neste momento, é de 40 litros por semana. E explica que a garrafa da Kapel não é retornável, a exemplo do que ocorre com as cervejas artesanais produzidas no Brasil. “Tem gente que fica com a garrafa por recordação, e também quem costuma nos devolver, fica a critério do cliente”.
Sabor inconfundível
A principal vantagem em beber cerveja artesanal é o sabor. Nas cervejas comuns, que são frutos de industrialização, o aroma e o sabor ficam comprometidos por causa do acréscimo de cereal não maltado. Já a Kapel é uma cerveja 100% malte, com gosto que agrada até os paladares mais exigente.
“A Kapel é 100% puro malte, é o sabor original. Nós estamos tentando seguir ao máximo a tradição e a Lei de Pureza Alemã, que priorizam a seguinte composição: água, malte e lúpulo. A Kapel tem qualidade, sabor e aroma, é uma cerveja para ser degustada como se degusta vinho, é para ser apreciada, ela mexe com todos os sentidos, tem um sabor inconfundível”, salienta Ana Maria.
Os produtores da Kapel têm experimentado diversas receitas, como a cerveja preta, a cerveja vermelha e uma série de combinações, para oferecer um produto “ao gosto do freguês”. A intenção é que a partir de 2018 a Kapel seja comercializada em supermercados e lojas especializadas em Capelinha e região.
O segredo do sabor da Kapel só a Ana e o Glayton sabem, caro leitor. Mas não contam pra ninguém, é claro. Porém, quem quiser saber outros detalhes ou experimentar a Kapel, pode entrar em contato pelo telefone (33) 98413-0956 (número da Vivo). O lema da Kapel é: “Não beba quantidade, beba qualidade”.
O casal Ana Maria e Glayton (Foto: Divulgação)
Fonte: Rosa Santos, no Jornal Local, de Capelinha.
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