Farsa da revista Veja é desmontada em menos de 24 horas.
Veja antecipa a capa dessa semana e tenta dar o golpe, mas é prontamente desmentida por advogado do próprio doleiro. Em notória crise de credibilidade, colunistas da revista já pedem o "impeachment" de Dilma Rousseff caso ela seja reeleita.
Tentativa de golpe da Veja não durou mais de 24 horas. Especulação foi desmentida por advogado de doleiro.
Em desespero, Merval Pereira e Reinaldo Azevedo pedem impeachment de Dilma (Imagem: Pragmatismo Político)
A menos de 72 horas das eleições presidenciais, a revista Veja publica uma capa que poderá entrar para a história do jornalismo como um dos mais sórdidos atentados contra a democracia já vistos no País. A reportagem destaca suposto trecho da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, em que ele afirmaria que tanto a presidente Dilma Rousseff como seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva “sabiam de tudo” que ocorria na Petrobras.
Os vazamentos seletivos já foram condenados pela Ordem dos Advogados do Brasil e delações premiadas, num contexto político como o atual, podem se converter em mentiras premiadas.
Advogado desmente revista
A tentativa de golpe da Editora Abril contra a democracia brasileira não durou um dia. Menos depois de 24 horas após circular com uma edição extra, acusando a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula de “saberem de tudo” sobre o esquema denunciado na Petrobras, o “depoimento” do doleiro Alberto Youssef foi desmentido por ninguém menos que seu próprio advogado, o criminalista Antonio Figueiredo Basto.
“Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso”, afirmou Basto. “Conversei com todos da minha equipe e nenhum fala isso. Estamos perplexos e desconhecemos o que está acontecendo. É preciso ter cuidado porque está havendo muita especulação”, alertou o advogado.
Impeachment
Sem força para vencer uma eleição nas urnas, os golpistas agora apelam para o impeachment. É o que fizeram Reinaldo Azevedo, da Veja, e Merval Pereira, de O Globo. Azevedo afirma que a eleição presidencial deste ano se dá entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o vice Michel Temer. Sua tese infundada é de que a presidente Dilma Rousseff será alvo de processo de impeachment, antes ou depois de eleita.
Ao que tudo indica, o golpe é a nova estratégia das forças que já se veem derrotadas no próximo domingo.
Irresponsabilidade
A edição de Veja foi antecipada para esta quinta-feira para tentar interferir na sucessão presidencial, sobrepondo-se à soberania popular. Ontem, pesquisas Ibope e Datafolha confirmaram a liderança da presidente Dilma Roussef nas pesquisas eleitorais.
Os responsáveis diretos pelo atentado à democracia cometido pela Editora Abril são o diretor de Redação de Veja, Eurípedes Alcântara, o executivo Fábio Barbosa, que conduz a gestão da empresa, além dos acionistas da família Civita. Conduziram o jornalismo brasileiro a seu momento mais irresponsável, mais vil e mais torpe.
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