O asfalto, que começou a ser implantado em 1980, até hoje não foi concluído.
Foto: Ezequias fotógrafo
O protesto reuniu cerca de 300 pessoas que interditaram um trecho da rodovia.
Vereadores de Jacinto, Salto Divisa e Santa Maria do Salto, no Baixo
Jequitinhonha, realizaram um protesto pacífico na manhã desta
quarta-feira, 20 de agosto, na altura do entroncamento de Santa Maria do
Salto, para chamar atenção dos governantes do estado e da União para
falta de conclusão da pavimentação da BR-367.Iniciada na década de 50, durante o governo de Juscelino Kubitschek, com objetivo de ligar Minas Gerais ao litoral baiano, alguns trechos da rodovia se encontram em situação caótica.
O asfalto, que começou a ser implantado em 1980, até hoje não foi concluído.
Cerca de 120 km da estrada ainda permanecem sem asfalto.
Pelo menos 300 pessoas , segundo os organizadores, participaram do protesto. Elas exibiam faixas e cartazes clamando pela realização de um sonho antigo do Vale do Jequitinhonha e que foi prometido pelo ex-presidente Lula, e pela atual presidente Dilma Roussef.
A Polícia Militar foi comunicada previamente e permaneceu no local.
Os manifestantes receberam apoio dos motoristas que transitavam pela rodovia.
O protesto foi encerrado por volta das 11 horas.
Mais protestos
Os presidentes das câmaras de Santa Maria, Getúlio Ferreira Dutra (PSD), e de Jacinto, Nadson Lucio Carvalho (DEM), fecharam compromissos com o presidente da câmara de Salto da Divisa, Leomar Gonçalves dos Santos (PR) e demais vereadores, para realização de mais protestos ao longo da BR-367 na altura entre Salto da Divisa e Almenara. Segundo eles “só com muita garra e união os responsáveis por essa estrada ouvirão o grito de um povo que clama por socorro.
O trecho entre Almenara e Salto da Divisa, passando pela cidade de Jacinto ainda é de terra.. Sendo que, até Jacinto, os 51 km de estrada também se alternam, entre asfalto e terra, seguidos de mais 48 km de terra até Salto da Divisa, última cidade de Minas Gerais, cortada pela BR-367.
Fonte: Aconteceu no Vale
Governo Aécio Neves gastou verba, prestou contas, mas não realizou obra.
Início do asfalto
O Governo Newton Cardoso, até 1989, construiu asfalto de Araçuaí-Itinga-Itaobim-Jequitinhonha-Almenara, no Médio e Baixo Jequitinhonha, no nordeste de Minas, com um extensão de 165 km.
E
fez outro trecho: Diamantina-Couto Magalhães de Minas-Turmalina-Minas
Novas, no Alto Jequitinhonha, com uma extensão de 220 km.
De Araçuaí a Virgem da Lapa, em 1991, 38 km, foi feito pelo governo Hélio Garcia.
Em
maio de 2013, o DNIT publicou uma Ordem de Serviços para a empresa
CONSOL elaborar o projeto técnico de engenharia dos trechos que ainda
não foram asfaltados. O prazo é de um ano e 2 meses para entrega do
projeto da obra. Depois, novo edital deve ser publicado para a
concretização do asfalto.
A Consol entregou o projeto de engenharia em 10.05.14 do trecho de Minas Novas-Virgem da Lapa, no Médio Jequitinhonha, e em 15 de junho, o de Almenara-Salto da Divisa, no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas.
A Consol entregou o projeto de engenharia em 10.05.14 do trecho de Minas Novas-Virgem da Lapa, no Médio Jequitinhonha, e em 15 de junho, o de Almenara-Salto da Divisa, no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas.
Leia mais aqui:
Alguns órgãos de imprensa do jornal Estado de Minas, fazem um
estardalhaço sobre o abandono da BR 367 pelo governo federal. Mas fazem questão de não lembrar que o Governo de Minas fez parceria, formalizado entre o DER - Departamento de Estradas e
Rodagens de Minas Geais e o DNIT - Departamento Nacional de
Infra-Estrutura de Transporte Terrestre, do Ministério dos Transportes.
Durante 20 anos, de 89 a 2008, a BR 367 foi entregue ao DER.
Durante 20 anos, de 89 a 2008, a BR 367 foi entregue ao DER.
O convênio 479.166 entre o DER-MG e o DNIT garantiu a liberação de R$ 59.546.520,08.
A duração do convênio foi de 05.07.2002 a 31.12.2008.
Consta no Portal da Transferência da Presidência da República que o convênio foi concluído.
Isso quer dizer que a obra foi executada e o dinheiro gasto no objeto do convênio.
Mas, não há asfalto. O povo diz que no mapa tem, mas no chão de poeira e pedra, não.
A duração do convênio foi de 05.07.2002 a 31.12.2008.
Consta no Portal da Transferência da Presidência da República que o convênio foi concluído.
Isso quer dizer que a obra foi executada e o dinheiro gasto no objeto do convênio.
Mas, não há asfalto. O povo diz que no mapa tem, mas no chão de poeira e pedra, não.
Mais de R$ 59 milhões liberados para o DER MG.
Onde este dinheiro foi aplicado?
De
2002 a 2005, o governo federal repassou recursos para o Governo de
Minas, durante a gestão de Aécio Neves, concluir o trecho de asfalto
entre Minas Novas-Chapada do Norte-Berilo-Virgem da Lapa, e o de Almenara-Jacinto-Salto da Divisa.
Apenas
8 km foram realizados, entre Chapada do Norte e Minas Novas, deixando
uma ponte sobre o Rio Fanado, em Minas Novas, sem o encabeçamento. Ponte na BR 367 sobre o rio Fanado, em Minas Novas, no Alto Jequitinhonha. Parada desde 2005, não foi realizado o encabeçamento. Portanto, sem utilização há 8 anos. Foto de 2011.
E nenhuma explicação foi dada nem pelo DER, nem pelo DNIT. Milhões foram para o ralo. A falida empreiteira Minas Sul, dona do contrato, terceirizou a obra com a ENGESA. As duas empreiteiras faturaram muito nesta obra não realizada.
CONVÊNIOS POR ÓRGÃO CONCEDENTE
UF:
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MG
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Município:
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BELO HORIZONTE
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Detalhes do Convênio
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Número do Convênio SIAFI:
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479.166
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Situação:
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Concluído
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Nº Original:
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TT-005/2002
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Objeto do Convênio:
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OBRAS
DE COMPLEMENTACAO AS IMPLANTACAO E PAVIMENTACAO DOS TRECHOS MI-NAS
NOVAS- CHAPADA DO NORTE - BERILO - VIRGEM DA LAPA, KM 369,2 AO KM301,4
DO PNV, COM 69,0 KM DE EXTENSAO E ALMENARA - (ESTACA 500) -JACINTO - SALTO DA DIVISA KM 102,6 AO KM 0,00 DO PNV, COM 88,60 KM DE EXTENSAO E CONSTRUCOES DE OBRAS DE ARTES ESPECIAIS NO TRECHO ALMENARA - SALTO DA DIVISA, NA RODOVIA BR 367/MG.
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Orgão Superior:
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MINISTERIO DOS TRANSPORTES
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Concedente:
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DEPART. NAC. DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTE
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Convenente:
|
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO EST DE M GERAIS
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Valor Convênio:
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59.546.520,08
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Valor Liberado:
|
59.546.520,08
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Publicação:
|
05/07/2002
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Início da Vigência:
|
05/07/2002
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Fim da Vigência:
|
31/12/2008
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Valor Contrapartida:
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6.597.220,00
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Data Última Liberação:
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11/07/2005
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Valor Última Liberação:
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1.000.000,00
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Em
maio de 2010, o governo federal assinou um convênio com o DER-MG para
que o órgão estadual publicasse um Edital para a elaboração de um novo
projeto técnico de engenharia, em um valor de R$ 7,4 milhões. Para
explorar politicamente a não realização do asfalto pelo governo federal,
o DER MG enrolou um ano e não publicou nada. Em abril de 2011, o DNIT
anulou o convênio até então existente entre os dois governos, e voltou a
ficar responsável pela BR 367. Mesmo assim, o DNIT enrolou dois anos
para contratar empresa para elaborar o projeto citado acima.
Enfim,
a questão não é de burocracia. É política mesmo. O governo do Estado
não se interessa em asfaltar para exploração eleitoral, mesmo recebendo
recursos para este fim, afirmando que só ele faz, e conta com a
conivência da imprensa mineira.
O Governo federal não coloca a obra de asfalto da BR 367 como prioridade. A Bancada de Parlamentares mineiros da mesma forma.
Em 2010, Lula e Dilma prometeram asfaltar a rodovia. E até agora, pouco adiantou o projeto da obra.
O Governo de Minas também colocou na sua programação no Caminhos de Minas, mas nada faz para que a obra aconteça. Muito pelo contrário.
Em 2010, Lula e Dilma prometeram asfaltar a rodovia. E até agora, pouco adiantou o projeto da obra.
O Governo de Minas também colocou na sua programação no Caminhos de Minas, mas nada faz para que a obra aconteça. Muito pelo contrário.
Ponte
de madeira na BR 367 sobre o rio Rubim, entre Almenara e Jacinto, a 10
km desta cidade, no Baixo Jequitinhonha. Foto de 2008.
Depois
de 14 anos paralisada, somente com a pressão do então deputado federal
Carlos Mota (PSB-MG), natural de Minas Novas, a obra reiniciou , em
2003. Mas, paralisou de novo, com a não reeleição de Mota.
Então,
falta pressão política para a obra sair do papel. Os deputados aqui
votados e eleitos não dão bola para a obra. Eles preferem as suas
regiões de origem. E dão banana pro povo do Vale. Os prefeitos e
vereadores cruzam os braços. A população também, embora vez ou outra
alguns grupos se movimentem.
O
povo do Vale já fez vários movimentos pressionando os governos para
asfaltar a BR 367. Este adesivo aí de cima é da ACAVAJE - Associação das
Câmaras Municipais do Vale do Jequitinhonha, em 2002.
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