quinta-feira, 19 de julho de 2012

Araçuaí: CVM condena o golpista Thales Maioline a R$ 1 milhão em multas


Maioline provocou um rombo de mais de R$ 100 milhões, enganando a mais de 2 mil investidores, principalmente de Araçuaí, sua terra natal

O julgamento da CVM apurou as responsabilidades da consultoria, de Thales, e de Iany Márcia Maioline e Oséias Marques Ventura, por administração irregular de carteira de valores mobiliários e realização de oferta pública irregular de valores mobiliários. Iany e Oséias foram absolvidos pelo colegiado da CVM.

Foto: DivulgaçãoCVM condena Thales Maioline a R$ 1 milhão em multas
Thales Maiolini, natural de Araçuai, está livre e vivendo em BH.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu na terça-feira (10/7) suspender por 10 anos e multar em R$ 500 mil Thales Maioline, acusado de dar um golpe financeiro em dois mil investidores do estado de Minas Gerais e causar um prejuízo de R$ 100 milhões.

A Consultoria e Administração de Recursos Financeiros Ltda (FIRV), com sede em BH e Araçuai, da qual ele era sócio, recebeu a mesma penalidade.

Thales Maioline era sócio da FIRV, empresa que prometia juros de aplicações financeiras em valores acima do mercado e foi comparado a Bernard Madoff, que aplicou uma fraude piramidal, considerada a maior fraude na bolsa já conhecida - dependendo dos cálculos, pode ter alcançado US$ 65 bilhões.

Maioline foi preso, mas recebeu a liberdade provisória por decisão da Justiça mineira, no dia 5 de junho. Segundo a decisão, mesmo havendo fortes indícios de que é autor dos crimes, como a presença de provas materiais, a liberdade do réu não prejudica o seguimento do processo.

Anteriormente, havia sido publicada a informação de que ele estava preso.
Fonte: CVM, via Gazeta de Araçuaí


Segundo o advogado Marco Antonio de Andrade, que defende Maioline, ele vai cumprir a suspensão. "Não é o momento para que o Thales se ocupe disso, ele está respondendo a um processo crime", disse Andrade, que afirmou estar aguardando a prova pericial pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde o advogado vai recorrer.

De acordo com a nota da CVM, os acusados punidos podem apresentar recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional e a CVM oferecerá recurso de ofício da absolvição ao conselho.

O julgamento da CVM apurou as responsabilidades da consultoria, de Thales, e de Iany Márcia Maioline e Oséias Marques Ventura, por administração irregular de carteira de valores mobiliários e realização de oferta pública irregular de valores mobiliários. Iany e Oséias foram absolvidos pelo colegiado da CVM.

Segundo o julgamento do processo administrativo (PAS, RJ 2011-940), a FIRV e Thales estão inabilitados por 10 anos "para o exercício de atividade de administração de carteira de valores mobiliários" e devem pagar multa individual de R$ 500 mil.
Thales está em liberdade há dois meses e vivendo em Belo Horizonte. Sua irmã Iani Maiolini, também envolvida no escândalo, frequenta uma igreja evangélica em Araçuai(MG) onde está residindo atualmente

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