O valor do investimento é de aproximadamente R$ 170 milhões.
Foto: SérgioVasconcelos
Durante o encontro, moradores da região do Córrego do Narciso, zona rural de Araçuai, portando cartazes, protestaram contra a construção de poços artesianos
Parceria entre os governos estadual e federal, através do Programa Água para Todos, prevê a construção na região do semiárido mineiro, de 1.168 microbarragens, 600 sistemas simplificados de abastecimento, 9.661 cisternas de placas e 6.368 cisternas de polietileno.
O valor do investimento é de aproximadamente R$ 170 milhões.
Serão beneficiados 85 municípios do semiárido mineiro. Deste total, 35 são do Vale do Jequitinhonha, 49 do Norte de Minas e um do Vale do Mucuri.
Estas serão as ações do Governo de Minas, em parceria com o Governo Federal, através do Programa Água para Todos, visando beneficiar a população de baixa renda que sofre com os efeitos da seca.
Para falar sobre a iniciativa, foi realizado em Araçuai (MG) na quarta-feira 18, o Encontro Estadual do Programa Agua para Todos, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas (SEDVAN) e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O encontro aconteceu no Planalto Tênis Clube com a presença de prefeitos do Vale do Jequitinhonha, lideranças comunitárias rurais e dirigentes de organizações não governamentais.
" Já estão depositados na conta do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (IDENE) R$ 60 milhões para executar parte das obras", disse o secretário da SEDVAN, Gil Pereira.
Este dinheiro será para a construção de cisternas de alvenaria, pequenas barragens, cisternas de polietileno e sistema simplificado de abastecimento, totalizando R$ 52 milhões."R$ 46 milhões serão para as obras e o restante, para capacitação de pessoal e pagamento dos projetos", disse Gil Pereira;
Cisternas
As cisternas para captação de água da chuva, teem capacidade de armazenar 16 mil litros de água e são equipadas com uma bomba.
A principio, serão beneficiadas as familias cadastradas no CAD - Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, entendidas como aquelas que têm: renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou renda mensal total de até três salários mínimos e que estejam penalizadas pela seca.
Além das cisternas, serão construidas 502 unidades de cisternas tipo calçadão destinadas a armazenar água para os animais e irrigar pequenas lavouras.
De acordo com o cronograma de desembolso das verbas, os convênios deverão ser assinados ainda neste mês de julho com entidades como a Cáritas, ASA, Centro de Agricultura Altenativa de Montes Claros e Centro de Agricultura Vicente de Nica de Boa Ventura.
A construção das microbarragens ficará a cargo da Copasa, executora das obras.
As obras precisam de licenciamento ambiental. " O governador editará decreto de utilidade pública para que o licenciamento seja feito de forma coletiva", afirmou Gil Pereira.
A construção das pequenas barragens poderá atingir Áreas de Preservação Permanente (APPs)
Protestos
Durante o encontro, moradores da região do Córrego do Narciso, zona rural de Araçuai, portando cartazes, protestaram contra a construção de poços artesianos. " A maioria não funciona e está sem água. Estamos passando sede e dividindo a pouca água com os animais
.Desde 2006 prometeram colocar água na nossa região. Até hoje nada. Queremos a canalização da água da barragem do Calhauzinho que está proxima da comunidade e que a água chegue até nossas casas", disse Maria Rosália Pereira, presidente da Associação do Córrego do Narciso. " Estamos vivendo com muito sofrimento", salientou a agricultora. "Não precisamos de cisternas, mas, de barragens", arrematou Maria Rosália.
" O governo federal não deu opção para agente. É pegar ou largar. Nenhuma família ficará sem cisterna", finalizou o secretário da SEDVAN, Gil Pereira.
Sérgio Vasconcelos -Repórter - Gazeta de Araçuaí
O valor do investimento é de aproximadamente R$ 170 milhões.
Serão beneficiados 85 municípios do semiárido mineiro. Deste total, 35 são do Vale do Jequitinhonha, 49 do Norte de Minas e um do Vale do Mucuri.
Estas serão as ações do Governo de Minas, em parceria com o Governo Federal, através do Programa Água para Todos, visando beneficiar a população de baixa renda que sofre com os efeitos da seca.
Para falar sobre a iniciativa, foi realizado em Araçuai (MG) na quarta-feira 18, o Encontro Estadual do Programa Agua para Todos, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas (SEDVAN) e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O encontro aconteceu no Planalto Tênis Clube com a presença de prefeitos do Vale do Jequitinhonha, lideranças comunitárias rurais e dirigentes de organizações não governamentais.
" Já estão depositados na conta do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (IDENE) R$ 60 milhões para executar parte das obras", disse o secretário da SEDVAN, Gil Pereira.
Este dinheiro será para a construção de cisternas de alvenaria, pequenas barragens, cisternas de polietileno e sistema simplificado de abastecimento, totalizando R$ 52 milhões."R$ 46 milhões serão para as obras e o restante, para capacitação de pessoal e pagamento dos projetos", disse Gil Pereira;
Cisternas
As cisternas para captação de água da chuva, teem capacidade de armazenar 16 mil litros de água e são equipadas com uma bomba.
A principio, serão beneficiadas as familias cadastradas no CAD - Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, entendidas como aquelas que têm: renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou renda mensal total de até três salários mínimos e que estejam penalizadas pela seca.
Além das cisternas, serão construidas 502 unidades de cisternas tipo calçadão destinadas a armazenar água para os animais e irrigar pequenas lavouras.
De acordo com o cronograma de desembolso das verbas, os convênios deverão ser assinados ainda neste mês de julho com entidades como a Cáritas, ASA, Centro de Agricultura Altenativa de Montes Claros e Centro de Agricultura Vicente de Nica de Boa Ventura.
A construção das microbarragens ficará a cargo da Copasa, executora das obras.
As obras precisam de licenciamento ambiental. " O governador editará decreto de utilidade pública para que o licenciamento seja feito de forma coletiva", afirmou Gil Pereira.
A construção das pequenas barragens poderá atingir Áreas de Preservação Permanente (APPs)
Protestos
Durante o encontro, moradores da região do Córrego do Narciso, zona rural de Araçuai, portando cartazes, protestaram contra a construção de poços artesianos. " A maioria não funciona e está sem água. Estamos passando sede e dividindo a pouca água com os animais
.Desde 2006 prometeram colocar água na nossa região. Até hoje nada. Queremos a canalização da água da barragem do Calhauzinho que está proxima da comunidade e que a água chegue até nossas casas", disse Maria Rosália Pereira, presidente da Associação do Córrego do Narciso. " Estamos vivendo com muito sofrimento", salientou a agricultora. "Não precisamos de cisternas, mas, de barragens", arrematou Maria Rosália.
" O governo federal não deu opção para agente. É pegar ou largar. Nenhuma família ficará sem cisterna", finalizou o secretário da SEDVAN, Gil Pereira.
Sérgio Vasconcelos -Repórter - Gazeta de Araçuaí
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