domingo, 29 de julho de 2012

Advogado questiona abertura imediata de vaga para estudante que matou professor


No último dia 18,97, a Justiça soltou Amilton Loylola Caires, considerado esquizofrênico, por não haver leito disponível para interná-lo na instituição de Barbacena. Porém, horas após a liberação, a Seds garantiu uma vaga provisória para o estudante.

Foto: divulgaçãoAdvogado questiona abertura imediata de vaga para Amilton Cayres que matou professor
Amilton, cujos pais são de Coronel Murta, matou um professor a facadas em 2010
O advogado do estudante que matou um professor no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, em dezembro de 2010, vai enviar hoje um ofício para a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) questionando a abertura imediata de uma vaga em um manicômio judicial de Barbacena, na região do Campo das Vertentes.

O defensor Bruno Mansur alegou que Amilton Loyola Caires, 23, esperou por quase dois anos em uma penitenciária comum a oportunidade para a internação em um manicômio judicial. "É muito estranho aparecer essa vaga só depois que meu cliente conseguiu a liberdade", justificou Mansur.

No último dia 18, a Justiça soltou Caires, considerado esquizofrênico, por não haver leito disponível para interná-lo na instituição de Barbacena. Porém, horas após a liberação, a Seds garantiu uma vaga provisória para o estudante.

No documento, o defensor levanta três hipóteses para o rápido surgimento da vaga.

A primeira é que a vaga sempre existiu, mas não havia boa vontade para interná-lo.
A segunda é que a Seds passou Caires na frente, por pressão da imprensa, prejudicando outras pessoas que aguardam na fila.
E a última é que não existe a vaga, mas que, mesmo assim, eles vão internar o estudante, sujeitando ele e os outros internos a uma situação de desconforto, superlotando o local. "Qualquer uma dessas três hipóteses é muito grave".

Internação provisória

A Seds informou que enviou, no dia 18 de julho, um ofício à Vara de Execuções Criminais de Belo Horizonte garantindo a internação provisória até que seja liberada a vaga definitiva.

Segundo a assessoria da pasta, essa foi uma alternativa para o estudante não cumprir a pena em casa, "dando uma resposta à sociedade".

Dois dias depois, o juiz auxiliar da Vara de Execuções Criminais, Ronaldo Batista de Almeida, ordenou que o estudante fosse internado.
Desde então, a família aguarda a notificação oficial para levá-lo para Barbacena. Não há data definida para que isso aconteça.
Fonte: O Tempo

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