![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-Papca1pIYaIoAszai7Drj7VFW9PrxgM7sO9a6Z0qHkNmbJfWwyBrzwu62iwwZQDp4DFKuXSxfBTEN9ksmsyRJuzg-erOouKj4O5y9Zu7DOEx653HLA02w6HkLOiFORbIp2yOkBCzrs8A/s400/Pequi+fruto.bmp)
Quem não gosta reclama do cheiro, dos espinhos, da falta de educação à mesa, comendo com os dedos lambuzados daquele óleo amarelo avermelhado, brilhante.
Em dezembro/janeiro, as ruas de Montes Claros são perfumadas, - pra nós que gostamos-. com o odor embriagante deste amarelão querido e adorado. É uma verdadeira denúncia da intimidade dos lares cheios de cadeados e muros altos. Até nos condomínios fechados o cheiro grita nos nossos narizes.
No Vale do Jequitinhonha, as feiras são invadidas com os gritos: "Olha o pequi de Montsclaro". Metido a conhecedor, consumidor ferrenho, sem medo dos espinhos, questiono: "Não é de Taiobeiras ou do Chapadão do Lamarão? Tá com pouca carne...". O vendedor arregala o olho e diz:"Deixa pra lá, Banu. Pequi daqui é tudo assim mesmo, magrim,magrim... Mas é gostoso, pode levar!"
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFA_hLK5ZVcSXpvlbcPDvAlHGPcLohaxpncp81yJxPmAODohQmCXLEv6d_PeLUNMAQrDKtEX2534TtEw5HjdTQYC_1O9AUND8mQ4i7H0o9V9s6CkO291VPNPbD6FRYiXkRpjewg8a9fBkF/s400/pequi+espinho.bmp)
Montes Claros ganha no marketing e no comércio da fruta do cerrado. Igualzinho Teófilo Otoni que vende as pedras preciosas do Vale do Jequitinhonha e leva a fama de solo produtor de belezas raras.
O pequi exerce uma magia no povo do cerrado e da caatinga. Tem homem que acha que dá no couro roendo uma dúzia de caroços. como se @ frut@ milagros@ fizesse marcar 12 horas, num estalo.
O pequi, segundo os livros escolares
O pequi, fruto do pequizeiro, é nativo do cerrado brasileiro. É muito utilizado na culinária da região Nordeste, Centro Oeste e norte de Minas Gerais. De sabor marcante e peculiar, o pequi é consumido cozido, puro ou misturado com arroz, frango, carne de sol.
Da polpa pode se extrair também o azeite de pequi, um óleo usado para condimento e na fabricação de licores. Na língua indígena, pequi significa “casca espinhenta”.
De cor verde, quando maduro, possui em seu interior um caroço revestido por uma polpa macia e amarela, a parte comestível.O consumo do pequi requer cuidado, em razão dos inúmeros e minúsculos espinhos encontrados debaixo da polpa. Assim, é indicado que se roa o caroço, lentamente, ao invés de mordê-lo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKpn83RieQsS-LkqLMAl8QFrAV6wCslPvHxeNMfBnULYSsxBRZj_603sD3VzwUMV6oKHYbMSBerwSh5ti6_KARrnEJQx8wIEipQVfJ0WrhGGk0IXcfLMFz4MMRWrYu_te9IkHcFyksdsDx/s400/Pequi+%C3%A1rvore.bmp)
O pequi pertence à família das cariocáceas, pode ser encontrado em toda a região Centro Oeste (considerada a capital da fruta), nos estados de Rondônia, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará, visto que somente em Goiás podem ser encontradas todas as espécies. A frutificação ocorre entre os meses de setembro e fevereiro.
O pequi faz parte da culinária goiana há séculos, desde o início do século XVIII, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa (cidade de Goiás). Por ser rico em óleo insaturado, vitaminas A, C e E; fósforo, potássio, magnésio e carotenóides; sua ingestão previne tumores, problemas cardiovasculares e evitam a formação de radicais livres.
Informação importante: uma unidade de pequi (aproximadamente 50g) possui 40 calorias.
Pequi, o rei do Cerrado, vaticina o violeiro, cantador e pesquisador da "Universidade da Natura", Téo Azevedo, de Alto Belo, em Bocaiúva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário