quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Itaobim: Dois soldados da PM se casam e quebram preconceitos


Tanto nos tempos de faculdade quanto no trabalho junto à Polícia Militar, os dois procuraram manter uma discrição sobre o relacionamento.

Dois soldados da PM se casam em Itaobim e quebram preconceitos
O casamento foi feito em cartório de Itaobim
Victor e Wilker estudavam Engenharia Hídrica em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, quando se apaixonaram. Com o fim da graduação, os dois jovens baianos decidiram estudar juntos para o concurso público da Polícia Militar de Minas Gerais e acabaram sendo colegas de sala de aula, dessa vez na escola de preparação Escola Estadual de Formação de Soldados.
 Formaram-se juntos em 2016 e conseguiram ser destacados para a mesma cidade, Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas. 
Tanto nos tempos de faculdade quanto no trabalho junto à Polícia Militar, os dois procuraram manter uma discrição sobre o relacionamento. Mas, em dezembro do ano passado, decidiram mostrar ao mundo a história de amor que os unia: Victor Morais, de 26 anos, e Wilker Figueiredo, de 27 anos, se casaram no cartório e fizeram uma festa para celebrar junto aos amigos.
 O Casamento gerou uma repercussão grande por ter sido entre dois homens e por serem militares.
O casamento gerou uma repercussão grande por ter sido entre dois homens e por serem militares.
 Agora, a história de amor compartilhada pelos dois durante cinco anos não é mais segredo para ninguém no município de 21 mil habitantes em que moram. “Quando nos mudamos para Itaobim, não falávamos sobre o assunto, não postávamos nada em redes sociais. Mas agora que nos casamos e postamos foto, agora toda a cidade ficou sabendo. Como esperado, houve muita fofoca, muitos comentários, mas não chegou nada negativo até nós”, conta Victor.
 Nunca houve qualquer repreensão a Victor ou Wilker por parte da corporação ou dos superiores, pois a orientação sexual não interfere no trabalho deles como agentes de segurança pública. "Nós sempre tentamos deixar separadas a vida profissional da vida pessoal", diz Victor.
 Procurada pela reportagem, a PMMG informou que é uma instituição que respeita os direitos humanos, bem como as liberdades individuais e é terminantemente contra quaisquer tipos de preconceito ou discriminação.
 Na internet
 A história de amor entre os dois soldados acabou também ganhando proporção nacional, quando foi contada no perfil do Instagram da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTI+ (Renosp), projeto que visa enfrentar o preconceito sofrido por policiais e integrantes das forças armadas dentro das instituições.
Fonte: Hoje em Dia.

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