Celso Freire
Manifesto minha simpatia,
Meu apreço, meu amor, meu respeito...
Pelas mulheres na minha vida:
Mães, filhas, amantes, amadas, amigas...
E outras tantas fêmeas queridas!
Não por só ser fêmea: por SER, apenas.
Quem me silenciou no colo;
Quem me cuspiu ternura;
Quem me olhou sem dó;
Quem me quis cobertor;
Quem me colheu sementes;
Quem me teceu ninhos;
Quem me empurrou para o teto;
Quem me forçou suor;
Quem me beliscou as idéias;
Quem me fisgou o coração;
Quem me aceitou uma flor;
Quem me consertou estradas;
Quem me ilustrou um verso;
Quem me virou pelo avesso;
Quem me amassou um pão;
Quem me ofertou uma palavra;
Quem me enfrentou os olhos;
Quem me abraçou numa dança;
Quem me estendeu uma mão;
Quem me brindou um vinho;
Quem me cochichou um afeto;
Quem me gritou atenção;
Quem me compartilhou uma dor;
Quem me repartiu alegria;
Quem me brilhou o chão;
Quem me foi aurora;
Quem me fez verão.
Quem, o dia, é todo dia.
Quem me quis macho;
E quem me quis SER, apenas.
Flor bela não se espanca.
Menos bela também não.
Cheia de espinhos, menos ainda.
08/03/07
Meu apreço, meu amor, meu respeito...
Pelas mulheres na minha vida:
Mães, filhas, amantes, amadas, amigas...
E outras tantas fêmeas queridas!
Não por só ser fêmea: por SER, apenas.
Quem me silenciou no colo;
Quem me cuspiu ternura;
Quem me olhou sem dó;
Quem me quis cobertor;
Quem me colheu sementes;
Quem me teceu ninhos;
Quem me empurrou para o teto;
Quem me forçou suor;
Quem me beliscou as idéias;
Quem me fisgou o coração;
Quem me aceitou uma flor;
Quem me consertou estradas;
Quem me ilustrou um verso;
Quem me virou pelo avesso;
Quem me amassou um pão;
Quem me ofertou uma palavra;
Quem me enfrentou os olhos;
Quem me abraçou numa dança;
Quem me estendeu uma mão;
Quem me brindou um vinho;
Quem me cochichou um afeto;
Quem me gritou atenção;
Quem me compartilhou uma dor;
Quem me repartiu alegria;
Quem me brilhou o chão;
Quem me foi aurora;
Quem me fez verão.
Quem, o dia, é todo dia.
Quem me quis macho;
E quem me quis SER, apenas.
Flor bela não se espanca.
Menos bela também não.
Cheia de espinhos, menos ainda.
08/03/07
Joaquim Celso Freire nasceu em Coronel Murta, em 1952. Desde 1974, mora em São Paulo.É professor na USCS - Universidade Municipal de São Caetano do Sul, onde ocupa a posição de Pró-Reitor de Extensão e é vice-presidente de Relações Institucionais da ANGRAD (Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração).
Em 1997, publica seu primeiro livro, Fazendo Poeira, que reúne poemas sobre o Vale do Jequitinhonha, o rio e a gente. Em 2004, lança seu segundo livro de poesias: Versos Avessos, com Débora de Simas, cujo tema central é a relação afetiva entre homem e mulher. Um ano depois, em 2005, publica Políticas Públicas no Vale do Jequitinhonha - A difícil construção da nova cultura política regional, tendo por base a tese defendida durante o Mestrado na USCS. Em 2007 publica "Um Silva de A a Z" primeira incursão do autor pela prosa de ficção. Prosa e verso. Romance e poesia. Memórias, crônicas, contos, cantos e histórias. Tudo isso presente nas 160 páginas do livro.
http://www.jcelsofreire.com.br/
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