quarta-feira, 3 de abril de 2019

Diamantina: Polícia Federal fecha garimpo que rendia R$ 30 milhões por mês

Duas pessoas são presas durante operação da Polícia Federal contra garimpo ilegal.


Diamantes e outras pedras preciosas eram contrabandeadas para Europa e Ásia.

900 garimpeiros atuavam em cinco trechos do Rio Jequitinhonha, na região de Areinha, entre os municípios de Diamantina e Couto de Magalhães de Minas, no Alto Jequitinhonha.

Garimpo destruía o rio Jequitinhonha, criando assoreamento e contaminação das águas.

Duas pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (02.03.19), em Minas Gerais, durante a Operação Salve o Jequitinhonha, da Polícia Federal (PF). 

A ação de combate a crimes ambientais teve o apoio da Polícia Militar
e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 
(SEMAD). 
Também foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão.

De acordo com a PF, um dos presos é dono do terreno onde era feita a
extração ilegal de diamantes e o outro é suspeito de financiar o garimpo. 
Oito pessoas não foram encontradas e são consideradas foragidas.

Durante as investigações, a PF apurou que 900 garimpeiros
atuavam ilegalmente em cinco trechos do Rio Jequitinhonha, entre
as cidades de Diamantina e Couto de Magalhães de Minas,
no Vale do Rio Jequitinhonha.

Ente o material apreendido, estão notas fiscais de venda de diamantes, anotações sobre o garimpo, documentos e celulares.



As investigações começaram em 2016, com foco principalmente em uma região conhecida como Areinha, no município de Diamantina. No entanto, segundo o delegado da  Polícia Federal , Luiz Augusto Pessoa, o que era uma atividade artesanal sem autorização, "cresceu de forma assustadora em 2018".

"Aí já tinha trator, retroescavadeira, caminhões, e foram surgindo novos garimpos na mesma região", detalhou Pessoa.


Balsas, dragas e bombas de sucção também foram localizadas ontem e destruídas pela Polícia Federal.

A polícia calcula que os seis garimpos investigados faturavam entre 15 e 20 milhões de reais por mês com a venda internacional. 
De acordo com as investigações, pedras preciosas eram contrabandeadas principalmente para Europa e Ásia. 
A extração ilegal de diamante teria causado o assoreamento
do Rio Jequitinhonha.

Equipamentos como dragas e tratores foram queimados pela polícia para
evitar que o grupo volte a garimpar.

Exploração
Garimpeiros exploravam região ao redor do rio Jequitinhonha
Foto: Polícia Federal

Veja video da principal área do garimpo de diamantes:

Fonte: Polícia Federal, OTEMPO e G1.

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