O Governador Fernando Pimentel nomeou, na quarta-feira, 12.04.17, o ex-prefeito do Serro, Epaminondas Pires de Miranda (PR), como novo Secretário de Estado do Desenvolvimento Integrado do Norte e Nordeste de Minas - SEDINOR.
Ex-prefeito do Serro, no Alto Jequitinhonha, Nondas, como é conhecido, vinha atuando como assessor especial do governador Fernando Pimentel. Ele é primo do vice-presidente da COPASA, Júnior da Geloso.
Nondas administrou o município do Serro, de 2012 a 2016, tendo como vice o Leonardo Nunes, do PT.
Nas eleições de 2016, Nondas não disputou as eleições, apoiando o ex-prefeito Guilherme Simões (PP), de 2005 a-2012, preterindo o seu vice, aliado de gestão.
A ida de Nondas para a SEDINOR frustrou a expectativa do deputado estadual Paulo Guedes (PT) de retornar à pasta. O petista deixou o órgão no ano passado para participar de votações importantes ao governo mineiro na Assembléia de Minas.
Pela primeira vez, SEDINOR sai do norte
Pela primeira vez, SEDINOR sai do norte
Desde que foi criada, em 2003, é a primeira vez que a SEDINOR terá como gestor uma liderança do Vale do Jequitinhonha. Os Secretários da Secretaria Especial do Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas - ex-SEDVAN, eram sempre alguém do norte de Minas. Primeiro, foi a deputada estadual Elbe Brandão(PSDB), de Janaúba, que fez da Secretaria um trampolim para sua reeleição, em 2006, e depois para a eleição do seu marido, Luiz Henrique Santiago (PSDB), em 2010.
Com a eleição de Anastasia Governador, assumiu a SEDVAN o deputado estadual Gil Pereira, de Montes Claros, em janeiro de 2011, ficando até abril de 2014.
Pimentel eleito, o deputado estadual Paulo Guedes (PT), de Manga, no norte de Minas, assumiu a SEDVAN que virou SEDINOR, no primeiro semestre de 2015.
Os Vales do Jequitinhonha e Mucuri sempre ficaram chupando o dedo, reclamando dos representantes do norte de Minas que sempre puxaram todos os benefícios ou programas da SEDINOR ou IDENE para comunidades norte-mineiras.
Não se sabe como Nondas pretende realizar a sua gestão. Mas, algumas alterações já ocorreram. O Secretário Adjunto, Gustavo Xavier, de Montes Claros, aliado de Paulo Guedes, vinha tocando o barco. Na direção geral do IDENE - Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas, estava Ricardo Campos, de São João da Ponte, norte de Minas, e pré-candidato a deputado estadual, com apadrinhamento do deputado estadual Paulo Guedes.
Porém, Ricardo foi exonerado na quinta-feira, 13.04.17. No seu lugar, entrou Gustavo Xavier que foi exonerado da Secretaria Adjunta, assumindo a direção geral do IDENE. Gustavo é de confiança de Pimentel. Trabalhou no Gabinete do Ministério de Indústria e Comércio quando Pimentel era Ministro, sendo habilidoso, mais flexível, podendo atender às demandas da base do Governo que antes eram preteridas.
O jornalista Girleno Alencar, de Montes Claros, faz o seguinte comentário:
" Na Secretaria Adjunta da SEDINOR entrou Jean Alves Coelho, do PMDB, no lugar do petista Gustavo Xavier Ferreira, conforme ato publicado no Diário Oficial de Minas Gerais, de 13.04.17. Com isso, ele retirou da pasta todas pessoas ligadas ao deputado Paulo Guedes, do PT e mais votado nas últimas eleições. Jean é apadrinhado pelo PMDB do deputado estadual Tadeuzinho Martins Leite. O seu pai, João Batista Oliveira, era secretário-adjunto de Tadeuzinho na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano, de 2015 a 2016.
O curioso é que o Idene é vinculado a Sedinor e com seu ato, o governador coloca dois grupos adversários no mesmo espaço, onde um trabalhará com outro. A estratégia política do Palácio da Liberdade está provocando insatisfação nos bastidores políticos, mas demonstra a força do deputado Adalclever Lopes, presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais"'.
Com certeza, espera-se que os Vales do Jequitinhonha e Mucuri tenham vez e não recebam apenas alguns poucos benefícios.
Porém, Ricardo foi exonerado na quinta-feira, 13.04.17. No seu lugar, entrou Gustavo Xavier que foi exonerado da Secretaria Adjunta, assumindo a direção geral do IDENE. Gustavo é de confiança de Pimentel. Trabalhou no Gabinete do Ministério de Indústria e Comércio quando Pimentel era Ministro, sendo habilidoso, mais flexível, podendo atender às demandas da base do Governo que antes eram preteridas.
O jornalista Girleno Alencar, de Montes Claros, faz o seguinte comentário:
" Na Secretaria Adjunta da SEDINOR entrou Jean Alves Coelho, do PMDB, no lugar do petista Gustavo Xavier Ferreira, conforme ato publicado no Diário Oficial de Minas Gerais, de 13.04.17. Com isso, ele retirou da pasta todas pessoas ligadas ao deputado Paulo Guedes, do PT e mais votado nas últimas eleições. Jean é apadrinhado pelo PMDB do deputado estadual Tadeuzinho Martins Leite. O seu pai, João Batista Oliveira, era secretário-adjunto de Tadeuzinho na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano, de 2015 a 2016.
O curioso é que o Idene é vinculado a Sedinor e com seu ato, o governador coloca dois grupos adversários no mesmo espaço, onde um trabalhará com outro. A estratégia política do Palácio da Liberdade está provocando insatisfação nos bastidores políticos, mas demonstra a força do deputado Adalclever Lopes, presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais"'.
Com certeza, espera-se que os Vales do Jequitinhonha e Mucuri tenham vez e não recebam apenas alguns poucos benefícios.
PMDB articulou as mudanças na SEDINOR.
Nos bastidores, comenta-se que houve uma articulação do PMDB para a nomeação do Nondas, principalmente do deputado estadual Tadeuzinho (PMDB), de Montes Claros, e do presidente da Assembléia, Adalclever Lopes.
Nos bastidores, comenta-se que houve uma articulação do PMDB para a nomeação do Nondas, principalmente do deputado estadual Tadeuzinho (PMDB), de Montes Claros, e do presidente da Assembléia, Adalclever Lopes.
No interior do governo Pimentel, Tadeuzinho e Paulo Guedes fazem disputa pela nomeação de cargos no norte de Minas. Um dos motivos de Paulo Guedes não sair candidato a prefeito de Montes Claros, em 2016, foi a falta de apoio do Governo de Minas que pedia união das bases. Tadeuzinho fez movimento contra as pretensões de Paulo Guedes.
Outra reclamação é o modelo de gestão que Paulo Guedes vinha fazendo à frente da SEDINOR. Havia reclamações gerais das bases políticas do Governo de Minas. Tudo o que a SEDINOR ou o IDENE realizava seria apenas mérito de Paulo Guedes que carrega a candidatura a deputado estadual de Ricardo Campos. Gerou muitas reclamações de deputados estaduais do norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Mucuri, e de candidatos a deputado federal, pois Paulo Guedes disputará uma vaga como deputado federal, nas eleições de 2018.
Com essa nomeação e substituição de um petista, mais uma vez o Governo Pimentel demonstra que quer garantir governabilidade com a atração de outras forças políticas, do PMDB, preterindo os representantes do PT, que já são garantia de apoio na Assembléia e na reeleição.
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