Envolvimento com comunidades remanescentes garantiu o segundo lugar à equipe da escola de Januária
A Escola Estadual Antônio Corrêa e Silva, da comunidade quilombola remanescente de Quilombo de Alegre, em Januária (Norte de Minas), recebeu o “Prêmio Desenvolvimento Educacional Inclusivo: a escola no enfrentamento das desigualdades sociais” concedido pelo Ministério da Educação (MEC) por desenvolver atividades aplicadas no enfrentamento das desigualdades sociais e inclusão de crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Os educadores Odair Nunes de Almeida e Roseli Viana Santos Mameluk participaram de cerimônia de divulgação dos premiados no 7º Fórum Estadual Extraordinário União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, ocorrida em Fortaleza (CE). A escola ficou em segundo lugar pelas práticas de Educação Inclusiva desenvolvidas na Sala de Recursos, que envolveram todos os agentes e ambientes escolares.
A Escola Estadual Antônio Corrêa e Silva, que atende a 10 comunidades rurais da Superintendência Regional de Ensino SRE Januária, criou a Sala de Recursos que funciona como suporte à aprendizagem de estudantes com necessidades especiais. Segundo o professor Odair Almeida, a sala dispõe de materiais específicos como livros em braile, sistema comunicação em libras, impressoras e computadores com recursos para deficientes visuais, auditivos e outras deficiências.
A professora responsável pela Sala de Recursos, Roseli Mameluk, constrói com os alunos ferramentas que facilitam a aprendizagem ao mesmo tempo em que trabalha em conjunto como facilitadora em sintonia com os demais professores do ensino regular, socializando conteúdos e espaços disponíveis.
“Estou imensamente feliz pelo reconhecimento do meu trabalho. Foi aqui na escola que encontrei a realização profissional ao atender estudantes com deficiência na educação especial, com os quais aprendi o verdadeiro valor da vida”, afirma ela sobre o Prêmio. “Não há nada mais gratificante do que trabalhar com amor. E o que estamos colhendo agora foi fruto de uma parceria entre gestor, equipe pedagógica, professores e família”, destaca.
Segundo Odair Almeida, anualmente, a escola realiza mapeamento nas comunidades atendidas sobre a situação socioeconômica das famílias, necessidades para inclusão de seus entes na rede de ensino, além de um trabalho de conscientização dos pais de crianças com alguma deficiência ou dificuldade de aprendizado.
"Nossa conversa é no sentido de mostrar que essas crianças têm o direito e podem levar uma vida escolar como qualquer outro estudante. Ao mesmo tempo, demonstramos as facilidades de acesso que proporcionamos ao instalar equipamentos que facilitem a utilização dos espaços escolares”, explica.
A escola receberá troféu e diploma e indicará dois representantes para uma visita de intercâmbio para conhecer uma experiência educacional nacional, com despesas custeadas pelo MEC. A experiência premiada na última semana, em Fortaleza, será divulgada em publicação conjunta do MEC e do Instituto Ibero-americano para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
O concurso é fruto de parceria do Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), em conjunto com a OEI e patrocínio da Fundación MAPFRE.
Fonte: Agência Minas
Nenhum comentário:
Postar um comentário