Caminhão invadiu a rodoviária de Serro – Foto: Internauta Lete Nunes / Facebook
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o veículo atropelou Júlia Silva Braz, que ficou gravemente ferida e veio a óbito no local. A menina teve as duas pernas amputadas e vários ferimentos pelo corpo.
A avó dela, Nair Domingos da Silva, de 64 anos, sofreu escoriações nos joelhos, mãos, hematomas na cabeça e ferimentos na boca. Já Valcelino Teodoro dos Santos, de 82 anos, apresentava suspeita de traumatismo craniano. Os dois idosos foram encaminhados para atendimento médico na Casa de Caridade Santa Tereza e posteriormente foram transferidos para um hospital de Diamantina.
Ainda segundo a PM, testemunhas contaram que ao perceber que o caminhão iria bater, o condutor, identificado como Ailton José Rocha, de 43 anos, saltou da cabine e saiu correndo do local sem prestar socorro às vítimas. Conforme a Polícia, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria AB do motorista está vencida desde 2009. Ele também não possui a habilitação na categoria C, necessária para condução do veículo envolvido no acidente.
A Perícia Técnica foi acionada e após os trabalhos de praxe, o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). A Polícia realiza rastreamentos com intuito de localizar o motorista. As causas do acidente serão apuradas pela Polícia Civil do Serro.
Pilastra impediu tragédia maior
Segundo moradores, no momento do acidente, a rodoviária estava cheia e, se o caminhão não tivesse parado ao bater em uma pilastra, poderiam haver outras vítimas.
“Estava na padaria quando escutei um barulho forte e, em seguida, vi muita fumaça. Fui lá ver o que tinha acontecido e encontrei o senhor já caído. A menina estava debaixo do caminhão”, contou um comerciante, que pediu para não ter o nome divulgado.
Ainda conforme o proprietário da padaria, o motorista, que possui um sacolão, estava a caminho do comércio quando o acidente aconteceu.
“Ele chegou de viagem hoje. Tinha ido à Ceasa de Contagem para comprar verduras. Depois de dormir, resolveu ir para o sacolão e passou pela praça. Ele sempre passava por outra rua”, disse o comerciante.
Garota voltava da escola quando foi atropelada
Familiares contaram aos policiais que Júlia voltava da escola quando o acidente aconteceu. De acordo com o tenente Roger Vinícius Silva, a menina estava esperando o pai.
“Populares disseram que a menina foi a um bar fazer um lanche com a avó enquanto esperavam o pai dela chegar. Elas resolveram parar na porta da rodoviária e, minutos depois, o caminhão apareceu desgovernado”, disse o policial.
O corpo de Júlia, que era aluna Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), deve ser sepultado nesta sexta-feira (12).
Fonte: O Tempo / Aconteceu no Vale
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