Os políticos suspeitos, senador Zezé Perrela e deputado Gustavo Perrela, querem incrimar piloto e sair fora
Helicóptero com droga e fazenda são da família Perrela
Novo escândalo na conhecida família Perrella, de políticos mineiros, é escondido pela mídia tradicional. Jornal Nacional, da Rede Globo, não divulgou nada sobre apreensão de helicóptero pertencente do deputado Gustavo Perrela (SDD), filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG), com 450 kg de cocaína. Folha de S. Paulo usa discrição. O Globo foge da história. Piloto é assessor no gabinete de Gustavo Perrela, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais e funcionário de sua agropecuária.Ex-presidente do Cruzeiro, Zezé é investigado pelo Ministério Público por ser dono de fazenda de R$ 60 milhões apesar de ter declarado, em 2010, R$ 490 mil em bens. Suspeitas envolvem lavagem de dinheiro da venda de jogadores do atual campeão brasileiro de futebol. Veja vídeo
Qualquer manual de jornalismo explica que um caso como esse deve, necessariamente, ganhar um grande destaque em qualquer veículo de comunicação que se preze. Nele estão reunidos todos os elementos de uma história de repercussão. Tanto mais pelo histórico de suspeitas e denúncias que cercam a vida dos Perrela, especialmente do senador Zezé. No entanto, o chamado principal veículo de comunicação do País, o Jornal Nacional, da Rede Globo, não divulgou, em sua edição da mesma segunda 26, poucas horas, portanto, depois da divulgação da apreensão, nenhum segundo a respeito do fato. Uma notícia quentíssima virou, ali, uma não notícia.
O jornal O Globo, também da família Marinho, fugiu da história. E o jornal Folha de S. Paulo, da família Frias, que já usou muita tinta para histórias de menor repercussão, noticiou o caso com cuidado e discrição, protegendo nomes e históricos. Perderam os espectadores e leitores, mas, principalmente, perderam esses veículos, cujos critérios de seleção de notícias ferem cada vez mais os interesses do público.
O espanto pelo boicote ao fato é maior ainda quando se verifica o currículo dos Perrela. O deputado Gustavo, que a princípio procurou se afastar de seu piloto, na verdade o havia nomeado assessor na Assembleia Legislativa de Minas. Um cargo de confiança. Prometeu, para hoje, a exoneração de dele, mas, até o início da tarde, nada ocorrera oficialmente.
Quanto ao pai de Gustavo, o conhecido Zezé Perrela, as polêmicas vão ainda mais longe. Em 2011, quando el era suplente do então senador Itamar Franco, o Ministério Público de Minas Gerais deu início a investigações para desvendar como o parlamentar comprou uma fazenda avaliada em cerca de R$ 60 milhões no município de Morada da Minas (vídeo abaixo). A suspeita é a de enriquecimento ilícito.
Em 2011, quando Zezé Perrella já era senador, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais abriu investigação sobre o uso de verba indenizatória da Assembleia de Minas para abastecer os seus jatinhos particulares. Perrela teria apresentado, em um ano e meio, 29 notas fiscais que somavam R$ 26,3 mil para justificar o abastecimento dos seus jatinhos. As notas teriam sido ressarcidas pelo Legislativo mineiro.
Apesar das denúncias, o parlamentar informou que não se sentia constrangido as abastecer seus aviões com dinheiro público, uma vez que, segundo ele, as viagens tinham como finalidade o cumprimento da sua agenda parlamentar.
Ok, pode ser que os Perrela tenham todas as justificativas do mundo para a polêmica trajetória de enriquecimento da família.
Mas isso também não é notícia?
Fonte: Brasil 247
2 comentários:
Pode visualizar nos 3 orgãos de imprensa que citou, reportagens sobre a apreensão desta droga no helicóptero da família Perrella. Faça uma imprensa séria e sem direcionamento por conveniência ou então feche este blog. Pare de achar que os leitores são todos mal informados e aceite as críticas e faça publicação dos comentários com qualquer teor.
Sr. Enzo Terra,
somente depois das redes sociais denunciarem a omissão da grande mídia, foi realizada alguma cobertura, tímida, do fato. Um flagrante com quase meia tonelada de cocaína, no valor de R$ 10 milhões, envolvendo representantes políticos, é um fato e tanto.
Somente ontem, quarta-feira, a grande mídia controlada e comprada por um certo grupo político, acordou para o fato. Depois de cobrada pelos seus próprios leitores, espectadores e radiouvintes.
Realmente, o povo não é bobo e sabe quem é a Rede Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Revista Veja, Estado de Minas, O TEMPO, Hoje em Dia e redes de TVs.
O povo sabe quais os interesses que estes órgãos de comunicação defendem. E você e eu também sabemos.
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