Minas Gerais já tem 168 fichas sujas confirmados que não poderão se candidatar
Carlos Eduardo Cherem
Do UOL, em Belo Horizonte
Do UOL, em Belo Horizonte
A Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais divulgou o balanço
parcial do levantamento de fichas sujas no Estado. Estão inelegíveis 106
funcionários públicos, que foram demitidos nos últimos oito anos, e 62
profissionais de diversas áreas excluídos de órgãos de classe, também
nos últimos oito anos, totalizando 168 pessoas. 351 promotores
eleitorais fazem o levantamento dos funcionários públicos demitidos nos
últimos oito anos do governo estadual, das prefeituras e das câmaras
municipais de 853 municípios mineiros. A varredura também é feita em
empresas estatais e autarquias públicas, tanto as estaduais quanto nas
municipais.
“Aguardamos também a relação de todos os prefeitos e vice-prefeitos,
vereadores, secretários, presidentes e diretores de empresas e
autarquias que tiveram suas contas rejeitadas, tanto no TCE (Tribunal de
Contas do Estado) quanto no TCU (Tribunal de Contas da União). Essa
lista ainda vai crescer muito”, disse o promotor.
Certidões negativas
Eventuais candidatos que não se enquadrem nos casos acima, explicou
Castro, deverão fornecer certidões negativas no momento de registro da
candidatura no Tribunal Regional Eleitoral. O prazo para registro de
candidaturas para as eleições municipais de 2012 é 5 de julho. “Para uma
melhor observância da lei da Ficha Limpa é necessária uma intensa
participação da população. Pode haver o caso, por exemplo, de um
candidato em Minas Gerais ter sido condenado há alguns anos, por
qualquer motivo, no Acre. Fica mais difícil de saber. Nesses casos,
basearemos nossa avaliação nas certidões exigidas pela legislação
eleitoral para o registro das candidaturas, que levanta a vida pregressa
da pessoa somente nos últimos oito anos”, afirmou Castro.
“Até o próximo mês irei fazer sete reuniões em cidades do Estado, com os
351 promotores eleitorais, examinando o passado dessas pessoas. Estou
convicto de que, com a aplicação dessa legislação mais rigorosa, a
democracia brasileira avança. Poderemos ter, cada vez mais, pessoas com a
vida pregressa compatível com a dignidade exigida para um mandato
eletivo”, disse Castro. O promotor atua nas eleições em Minas Gerais
desde 1992.
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