segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ofício de Poeta, por Cláudio Bento

Poetas do Vale
A partir de hoje, estaremos publicando, diariamente, uma poesia da lavra de escritores do Vale. Alguns desconhecidos, outros consagrados; uns modernos, outros românticos; uns realistas outros idealistas; uns crianças, jovens, outros idosos. São os Poetas do Vale.

A fonte maior de inspiração são as Antologias Poéticas I e II; o Arreunião,da década de 80; e, agora, o novo livro na praça Antologia Poética do Vale do Jequitinhonha, lançado dia 26.07, na Casa de Cultura de Jequitinhonha, durante o Festivale 2011.

É claro que há também os livros dos poetas que poderão encaminhar suas produções através do email: albano.psi@gmail.com .

Quem abre a picada nas veredas da poesia é o Cláudio Bento, poeta da cidade de Jequitinhonha. Este é militante da área. Vive no trecho espalhando poesia pelo mundo, tentando melhorar a vida com sua sensibilidade. Sua profissão: poeta.



Cláudio Bento - Jequitinhonha


Ofício de Poeta


Tirar leite das pedras


É ofício de poeta


Não como os mágicos


Que tiram coelhos da cartola


Não como um padeiro


Na sanha cotidiana do pão


Fazer do breu lume


É ofício de poeta


É ofício de poeta


Enxergar navios onde deserto de areia


Mas não como um faquir


Deitado numa cama de pregos


Ofício de poeta


É dourar palavras


Como um ourives


Em sua faina com o ouro .


Esta poesia faz parte do livro Antologia Poética do Vale do Jequitinhonha, à página 19, publicado pelo Instituto Vale Mais, em 2011.


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