Descaso com BR 367 vira manchete do jornal O Globo
Passagem do Ribeirão Barbosa, entre Berilo e Virgem da Lapa. Havia uma ponte de concreto aqui. Emjaneiro de 2004, as águas a derrubaram. Até o momento não foi reconstruída. Na época das águas, as comunidades ficam isoladas com a cheia do ribeirão.
A reportagem mostra o descaso do governo federal com a BR 367, com trechos esburacados e pontes de madeira, aguardando o cumprimento da promessa eleitoral de Lula e Dilma em asfaltá-la por completo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV2p-mDo3fzzCZH7AS8bKY9dIO-U13l_FRyI6uYgR-sjE769nWfWh4qrdMh6SYLMoQcyC7g3drosCffJ5BVUSW7iSz0U4U_T2hpvYJAJR-jFnaDyMs08qwpT9okxr66rsqUvWymk5i5pM/s400/BR+367+Estrada+de+terra+e+ponte+de+madeira.jpg)
Leia abaixo:
Em Minas, uma estrada que só existiu nas promessas de Lula e Dilma no palanque
" Quando subiu ao palco armado em Jenipapo de Minas para celebrar a inauguração de hidrelétrica, no Vale do Jequitinhonha, em janeiro do ano passado, o então presidente Lula se segurou e guardou a melhor parte do discurso. Não era dele que deveria sair a melhor notícia do dia, e sim da candidata dele à sua sucessão Dilma Rousseff.
- Eu queria aproveitar e dar uma notícia para vocês. Nós ligamos para o Dnit e o presidente decidiu que vamos prometer mais uma obra. Que iremos cumprir o asfaltamento dos dois trechos da BR-367. Será novamente uma do PAC. O PAC é isso. Nós cumprimos o que prometemos – disse Dilma, na época Ministra-Chefe da Casa Civil.
Com o público em delírio, Lula coroou o discurso em seguida:
- A companheira Dilma assumiu o compromisso aqui da 367. Nós vamos chegar a Brasília e ver como essas coisas estão, porque dinheiro, nós temos, e, se a obra tem necessidade, o que nós temos é que fazer essa obra.
Daí em diante, a obra, fundamental para o desenvolvimento de uma das regiões mais pobres de Minas, caiu esquecimento. Ninguém do DNIT apareceu, tampouco foi feito o projeto executivo de pavimentação de cerca de 157 quilômetros de dois trechos da BR-367, que liga Belo Horizonte ao sul da Bahia. A estrada transformou-se em mais retrato do descaso e da má gestão de recursos pelo Ministério dos Transportes.
Lula e a presidenta Dilma, no dia 19.01.2010, quando prometeram o asfaltamento da BR 367.
Promessa era feita há mais tempo
A promessa de Lula e Dilma não era a primeira: em 2010, o DNIT chegou a assinar um convênio com o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), cujo objeto era justamente os trechos de terra entre Minas Novas-Chapada do Norte-Berilo-Virgem da Lapa, e Almenara-Jacinto-Salto da Divisa-Itajimirim (BA), no Vale do Jequitinhonha, que somavam 157 quilômetros. O Portal Transparência do Dnit mostra que a União liberou R$59,5 milhões para a obra, com uma contrapartida prevista governo Aécio Neves de R$ 6,6 milhões.
" Quando subiu ao palco armado em Jenipapo de Minas para celebrar a inauguração de hidrelétrica, no Vale do Jequitinhonha, em janeiro do ano passado, o então presidente Lula se segurou e guardou a melhor parte do discurso. Não era dele que deveria sair a melhor notícia do dia, e sim da candidata dele à sua sucessão Dilma Rousseff.
- Eu queria aproveitar e dar uma notícia para vocês. Nós ligamos para o Dnit e o presidente decidiu que vamos prometer mais uma obra. Que iremos cumprir o asfaltamento dos dois trechos da BR-367. Será novamente uma do PAC. O PAC é isso. Nós cumprimos o que prometemos – disse Dilma, na época Ministra-Chefe da Casa Civil.
Com o público em delírio, Lula coroou o discurso em seguida:
- A companheira Dilma assumiu o compromisso aqui da 367. Nós vamos chegar a Brasília e ver como essas coisas estão, porque dinheiro, nós temos, e, se a obra tem necessidade, o que nós temos é que fazer essa obra.
Daí em diante, a obra, fundamental para o desenvolvimento de uma das regiões mais pobres de Minas, caiu esquecimento. Ninguém do DNIT apareceu, tampouco foi feito o projeto executivo de pavimentação de cerca de 157 quilômetros de dois trechos da BR-367, que liga Belo Horizonte ao sul da Bahia. A estrada transformou-se em mais retrato do descaso e da má gestão de recursos pelo Ministério dos Transportes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrbQ8sAC4O-HuWL2ggdBdwVOqiaE5yYRGpuozZeHSFRCsiZzIoVbjclOP_PHAe9An1NRzEJYDYkLlWO2_FXFnvicfZV4qL-5JcJiEHUXbdoMfkbnsLqCQ08eGPHjZFyrccsZ4U6xdW3RE/s400/20100119162733959027i.jpg)
Promessa era feita há mais tempo
A promessa de Lula e Dilma não era a primeira: em 2010, o DNIT chegou a assinar um convênio com o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), cujo objeto era justamente os trechos de terra entre Minas Novas-Chapada do Norte-Berilo-Virgem da Lapa, e Almenara-Jacinto-Salto da Divisa-Itajimirim (BA), no Vale do Jequitinhonha, que somavam 157 quilômetros. O Portal Transparência do Dnit mostra que a União liberou R$59,5 milhões para a obra, com uma contrapartida prevista governo Aécio Neves de R$ 6,6 milhões.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXpI1iuayVS3doJN-KsIm5YX2dxwN9Rufc_fIDzSLKx2zOfs131w33wEaXJ1u6hbUqVXLaAuc-x1QLGHlu-LG31kqw38kUYdwxKC95qXub0GhsRX3ji1xVlBzyjCx2uOefTB8o4vN2jlQ/s400/Acidete+em+ponte++rio+Agua+Suja+Berilo.jpg)
Mas apenas 37 quilômetros foram executados de fato. Uma ponte de R$ 4 milhões foi levantada perto de Minas Novas, onde, há mais de sete anos, paira imponente no ar, simplesmente porque ninguém fez as cabeceiras e o restante da rodovia.
Quando voltaram à região, em janeiro de 2010, ano eleitoral, Lula e Dilma prometeram que a obra seria tocada novamente.
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Mas, passados 19 meses, o que resta são pontes de madeira caindo aos pedaços, buracos por todos os lados e estrada de terra que ainda deixa cidades mineiras isoladas do desenvolvimento".
A íntegra desta reportagem foi publicada no Glogo digital, só para assinantes, no sábado, em 16.07.11: oglobo..com/estrada-minas.lula.dilma
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