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Resistindo ao tempo e às crises, a Joalheria Fátima completa meio século de existência em Araçuaí e chega à segunda geração como uma tradição familiar na cidade, graças à perseverança do seu fundador, o ourives Geraldo Magela Rodrigues, 77 anos, o popular “ Girim “. Durante todos esses anos, ele cumpre o ritual de abrir e fechar as portas diáriamente.
Mesmo após as enchentes de 1979 que devastou a área comercial da parte baixa da cidade, onde fica a joalheria, “ Girim “ resistiu em abandonar a área . “ Muitos me perguntam porque não vou para o Alto do Mercado. O aluguel é muito caro. Muitos comerciantes não agüentam pagar. Aqui, o prédio da loja é meu”, afirma Girim.
O local escolhido para instalar a primeira loja foi a mesma praça do Coreto. “Apenas mudamos de prédio. Quando eu e meu irmão Newton chegamos aqui, vindos de Montes Claros, começamos em um pequeno cômodo desta praça. O Newton se mudou para Sete Lagoas, há muitos anos, onde mantém uma joalheria. Ele faz todo tipo de jóias. Eu mantenho apenas a tradição de fazer alianças. Sou mais comerciante que ourives”, afirma. “ Hoje em dia, a namorada dorme na casa do namorado e vice-versa”, o casamento já não está tão em alta”, acredita o joalheiro.
Ao atravessar as portas da Fátima ( tem esse nome em homenagem à uma sobrinha ) o cliente pode fazer um passeio por suas vitrines. Cristais, porcelanas, brinquedos, relógios, esculturas, troféus esportivos e bijouterias formam o acervo da joalheria. São testemunhas da história da única joalheria da cidade.
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A Fátima Presentes, única joalheria de Araçuai foi aberta há 50 anos na praça do Coreto .
Texto e fotos de Sérgio Vasconcelos, da Gazeta de Araçuaí
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