Acordo em Minas: Pimentel apoia Hélio Costa
O PT nacional enquadra o PT de Minas por apoio a Hélio Costa
Faltou combinar com os petistas e com outros aliados do Governo Lula
O comando de campanha de Dilma Rousseff enquadrou o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Ele devei anunciar na segunda-feira seu apoio à candidatura de Hélio Costa (PMDB) ao governo mineiro.
Além disso, negocia com Patrus Ananias sua indicação para ser vice de Hélio Costa, tendo Pimentel como candidato ao Senado na chapa encabeçada pelo ex-ministro das Comunicações.
Com essa chapa, petistas e peemedebistas acreditam ser possível derrotar o governador Antonio Anastasia (PSDB-MG), candidato do tucano Aécio Neves, que cresceu nas pesquisas encomendadas pelos dois partidos para definir o nome da base aliada no palanque único em Minas a favor de Dilma.
Segundo a Folha de S. Paulo apurou, Dilma e sua equipe cobraram, na terça-feira, que Pimentel determinasse que seus aliados em Minas parassem de colocar empecilhos à aliança em torno de Costa. O petista e ex-prefeito de Belo Horizonte repetiu que em nenhum momento trabalhou com a possibilidade de confrontar uma decisão do presidente Lula e da direção nacional do PT em favor da aliança com o PMDB, mas que precisava seguir o roteiro traçado entre os dois partidos para a escolha do cabeça de chapa em Minas Gerais.
Segundo esse roteiro, depois dos resultados das pesquisas, dirigentes do PT e do PMDB mineiro se reuniriam no domingo, dia 6, para definir os nomes dos candidatos a governador, vice e senador.
Hélio Costa ficou à frente de Pimentel nas duas pesquisas, mas sempre dentro da margem de erro. Na pesquisa Sensus para o PT, Pimentel teria 27,7% contra 21,4% de Anastasia, e Costa teria 31,1% contra 20,5% do tucano.
Na pesquisa do Ibope para o PMDB, Pimentel pontua de 24% a 29% nos cenários, e Costa varia de 28% a 32%.
Integrantes do PT mineiro dizem, porém, que vão insistir até o último momento na indicação de Pimentel, sob a alegação de que o petista tem mais chances de vitória.
Eles disseram à Folha que o limite dessa insistência é uma possível intervenção da direção nacional do PT em favor do senador Hélio Costa. Por essa razão, a direção nacional do PT convocou todos os integrantes do Diretório Nacional para ter “quorum máximo” na reunião do dia 11, que antecede as convenções do PMDB e do PT.
A estratégia é ter votos suficientes para derrubar as tentativas dos diretórios estaduais de Minas e do Maranhão de lançarem candidatos que possam ameaçar a aliança em torno de Dilma.
No Maranhão, o PT local quer apoiar o candidato do PC do B, Flavio Dino, e não Roseana Sarney (PMDB).
“Se um Estado estiver em desacordo com a política nacional, a instância decisória é o Diretório Nacional”, disse o secretário nacional de Mobilização do PT, Jorge Coelho.
Petistas insatisfeitos e aliados lulistas também
Os petistas próximos a Patrus Ananias não aceitam esta solução pois o PT mineiro realizou prévias internas para ter candidato próprio com Fernando Pimentel vencendo a consulta. Porém, agora vem entregando o PT de mão beijada para o PMDB do mesmo jeito que fez nas eleições municipais com o apoio ao PSB na disputa da prefeitura de Belo Horizonte.
Boa parte dos petistas vai cruzar os braços ou votar em Anastasia e no candiato do PSOL.
O PSB e PR de Minas, aliados lulistas, também ameaçam não apoiar a aliança com Hélio Costa na cabeça.
Com informações da Folha de S. Paulo
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