Final de semana pró-Lula
Rudá Ricci
Além da pesquisa DATAFOLHA, que não deixa dúvidas sobre o empate técnico e possível ultrapassagem de Dilma sobre Serra durante as convenções partidárias, Lula ganhou de presente (vai ter sorte assim...) duas notícias:
1) A Agência Reuters divulgou mensagem de Obama incentivando o acordo fechado em Terrã;
2) Reflexo das expectativas que estão sendo consolidadas com os últimos resultados de pesquisa de intenção de votos (daí a importância das pesquisas neste momento), Sérgio Freitas, arrecadador de recursos da campanha de Serra, explicitou dificuldades para conseguir apoio de banqueiros e empreiteiros. A indústria paulista, aliada de sempre de Serra, colabora. Mas só.
A campanha de Serra terá que alterar sua estratégia. Um impacto significativo seria Aécio aceitar ser seu vice. Mas a aposta é muito alta para Aécio, e mesmo com sucesso lhe tiraria os holofótes que teria por 8 anos.
A segunda alternativa é fixar o eleitorado do centro-sul. Disputar o nordeste é algo que parece inviável no momento. Também necessitaria explorar os pontos frágeis do governo federal que tem na educação seu expoente maior. Mas Serra nunca destacou a área educacional como seu eixo de discurso.
Temo que a tendência é caminhar para a direita, por falta de opção, ou para o discurso moralista (o que, quase sempre, dá no mesmo).
O problema é que Lula vai fechando o país e ganhando espaço internacional. No momento em que aparecer na TV, todos os dias, a partir de agosto, tendo Dilma já à frente de Serra, a situação ficará ainda mais desesperadora.
Rudá Ricci é cientista político e diretor geral do Instituto Cultiva.
Fonte: www.rudaricci.blogspot.com o melhor endereço de análise política do país.
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