Luciana Teixeira, fundadora de Araçuaí

Mulheres do Vale:
Luciana Teixeira, fundadora de AraçuaíHá controvérsias quanto à origem da fundadora da cidade de Araçuaí. Mas a versão mais aceita, tanto das suas atividades quanto da sua trajetória é a seguinte: Luciana Teixeira era dona de uma casa de mulheres em um lugarejo chamado Itira , onde acontece o encontro dos rios Araçuaí e Jequitinhonha. Lá havia apenas uma igreja, a casa de mulheres e poucos moradores.
Uma vez por semana, canoeiros que comercializavam querosene e sal subiam o rio Jequitinhonha, vndos da Bahia e sempre paravam neste lugarejo. Devido à quantidade de mulheres em sua casa, Luciana Teixeira acabou tornando-se a maior freguesa dos canoeiros que, por sua vez, aproveitavam a parada para desfrutar dos serviços encontrados na casa de lazer.
Com o passar do tempo, devido às suas atividades, Luciana Teixeira e suas mulheres acabaram expulsas de Itira pelo padre Carlos Pereira Moura que lá pretendia fazer uma cidade, mas não aceitava a "casa de mulhers". Subindo o rio Araçuaí, Luciana chega à fazenda Alegre, onde se aloja e reestrutura sua casa de mulheres.
Ao descobrirem que a melhor freguesa e a melhor diversão havia mudado de lugarejo, os canoeiros passaram a não parar em Itira, iam direto para a Fazenda Alegre.
Assim iniciou-se um comércio, em que Luciana Teixeira, canoeiros e fazendeiros vendiam e compravam entre si.
Assim, com o crescimento do comércio, cresceu uma vila nas margens do rio Araçuaí. Em 1870, maior e mais populoso, o lugarejo é emancipado. No final do século XIX, em 1891, Araçuaí era o 4º município com maior número de comerciantes de Minas Gerais. Tornou-se a capital do nordeste mineiro, dando motivos para a implantação da ferrovia Bahia-Mnas, extinta em 1965.
Hoje, mais de um século depois, a cidade, que acabou se chamando Araçuaí, se localiza no nordese do estado de Minas Gerais, é pólo comercial e cultural do Vale do Jequitonhonha e, segundo o IBGE de 2007, possui 37.388 habitantes.
A microrregião possui 153.657 habitantes divididos em oito municípios.
Itira continua do mesmo jeito: uma igreja com algumas casinhas ao redor. Há cerca de 10 ano serviu de cenário para um filme de ambientação primitiva, o "Kenoma".
Fonte: Wikipédia e Passadiço Virtual.