segunda-feira, 15 de março de 2010

Dias da Poesia

14 e 21 de março, Dias da Poesia
Em homenagem ao dia de nascimeto do poeta Castro Alves, o 14 de março virou Dia Nacional da Poesia.
O dia 21 de março, comemorado em mais de cem países, é a data promulgada pela UNESCO para ser celebrada como Dia Mundial da Poesia. Se é assim, março virou o mês da poesia, nacional e internacional.
Mas, o que é poesia? Serão versos, ritmados, rimados, falando de amor e da natureza?
“Que artimanha é essa que a poesia tece dentro do nosso chamado coração e, despertando encanto, consegue nos revelar uma vida mais nua, mais viva, cheia de detalhes deslumbrantes? Parece até que a poesia age como um fogo rápido que esquenta a frieza do dia-dia e desvenda fatos reais através de uma lente especial: a sensibilidade”.
Todos nós já fomos tocados algum dia por essa emoção esquisita. Na leitura de algum poeta, cantando ou escutando as letras de música, vivemos momentos em que as palavras adquirem uma força incomum, estranha, como se das coisas banais elas revelassem um lado escondido, poucas vezes visitado pelo nosso pensamento. Quando isto acontece, sentimo-nos como se estivéssemos em meio a uma aventura da imaginação, consumindo seus prazeres e perigos.
A poesia está sempre revelando uma percepção subjetiva da realidade.
O poeta é sempre surpreendente, imprevisível. Olha só os versos do Mário Quintana:
Guerra
"Os aviões abatidos
São cruzes caindo do céu".
A visão do poeta é curta e sensível, de impacto. O general, o historiador, o jornalista ou o filósofo não conseguiriam falar assim da brutalidade e desumanidade da guerra.
Por isso, a matéria prima do poeta é em primeiro lugar o sentimento. As palavras são recriadas, com novos sentidos. Carlos Drumond de Andrade dizia: “Aprendi novas palavras e tornei outras mais belas”. O crítico literário Alfredo Bosi diz que “o poeta é um doador de sentido”. Ou seja, a capacidade de revelar nova substância dentro de palavras já gastas e surradas é que constitui a maior riqueza da poesia.
Poetas do Brasil e do mundo
Há tantos bons poetas que é difícil citá-l@s: Adélia Prado, Affonso Romano de Sant´Anna, Alice Ruiz, Arnaldo Antunes, Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Cecília Meirelles, Cora Coralina, Ferreira Gullar, Gregório de Matos, João Cabral de Melo Netto, Machado de Assis, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Olavo Bilac, Mário de Andrade, Murilo Mendes, Oswald de Andrade, Paulo Leminski, Paulo Mendes Campos, Thiago de Melo e Vinícius de Moraes.

Estes são apenas alguns dos nossos melhores. É bom registrar os nordestinos poetas de cordel, Zé Dantas, Patativa do Assaré, o pedreiro paulista José de Simone, o agicultor norte-mineiro Antônio Inácio Correa. Tantos, mansos, tensos, intensos.
Há compositores de músicas com belíssimas poesias como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ana Carolina, Cazuza, Renato Russo, Samuel Rosa, Fernando Brant, João Bosco, Peninha, Zezé di Carmago, Tomzé, Torquato Neto, Victor Martins, apenas alguns entre tantos.
De outros paises: Camões, Fernando Pessoa e Antônio Machado, gajos que nos arrebata. Tem os latinos Pablo Neruda, Gabriela Mistral e Violeta Parra. Eduardo Galeano, jornalista-poeta em tudo que escreve. Do "primeiro mundo", Antonin Artaud, Dante Alighieri, Rimbaud.
Poetas do Vale
No Vale do Jequitinhonha tem um montão. Vou correr o risco de esquecer alguns: Gonzaga Medeiros, Rubinho do Vale, Paulinho Pedraazul, Tadeu Martins, Carlos Farias, Pedro Morais, Josino Medina, Arlindo Maciel, José Carlos Machado, Cláudio Bento, Haydée Murta, Cyntia Colares, Celso Freire, Luiz Carlos Prates, Jason Mota, Narciso Durães, Luciano Silveira, Raimundo de Padre Paraíso, Ruy Barreto. Murilo Antunes, de Pedra Azul e Fernando Brant de Felício do Santos/Diamantina, são bem conhecidos. José Emílio, de Queixada-Novo Cruzeiro, e José Machado de Mattos, de Jequitinhonha, viraram estrelas no céu.
Com infomações do livro "O que é poesia", de Fernndo Paixão, 1982, da Ed. Brasiliense, de SP.

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