O Vale do Jequitinhonha marcou forte presença nos dias 17, 18 e 19 de Junho de 2016, em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, quando aconteceu o I Seminário Estadual para o Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Quilombolas. Foram registradas a presença de 100 comunidades. Destas, 51 eram do Vale do Jequitinhonha, sendo a maior delegação.
Ao longo de três dias, cerca de 400 participantes discutiram políticas públicas e medidas voltadas para o desenvolvimento sustentável da comunidades Quilombolas de Minas Gerais, o terceiro estado em número de quilombolas no país. Durante o Seminário, foram definidas diretrizes do Plano Estadual para a melhoria das condições de vida do povo.
O evento aconteceu na Fundação Caio Martins (Fucam), em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Estiveram presentes no encontro o presidente da Emater-MG, Glenio Martins; a presidente da Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais, Sandra Andrade; a antropóloga norte-americana, Sheila Walker; a presidente da Fucam, Maria Tereza Lara; a representante do Incra, professora Lucy Rodrigues; entre outras autoridades e lideranças.
No último dia de Seminário, aconteceu a eleição da nova diretoria da N’GOLO-Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais. A Chapa liderada por Jesus Rosário saiu vitoriosa com cerca de 78 votos.
As expectativas são grandes com relação à essa nova diretoria, principalmente sobre o plano de desenvolvimento construído nesse evento, as ações desenvolvidas se forem concretizadas serão um novo passo das comunidades quilombolas rumo à conquista de seus direitos.
A COQUIVALE - Comissão das Comunidades Quilombolas do Vale do Jequitinhonha comemora a presença de lideranças do Jequitinhonha na nova diretoria da Federação.
Vale do Jequitinhonha e suas comunidades tradicionais
As comunidades tradicionais do Vale do Jequitinhonha são formadas principalmente por quilombolas, garimpeiros, indígenas, pescadores e ciganos.
Segundo estudo da Federação Mineira de Quilombolas, a N´Golo, há 426 comunidades quilombolas em Minas Gerais, concentradas no norte e nordeste do Estado. O Vale do Jequitinhonha possui 107 comunidades identificadas. Há uma concentração nos municípios do Médio Jequitinhonha. O município de Berilo possui 27 comunidades quilombolas; Chapada do Norte tem 15; Minas Novas 12; Araçuaí, 10; Virgem da Lapa, 7, e Francisco Badaró 6 comunidades.
As comunidades indígenas Pankararu e Aranãs estão nos municípios de Araçuaí e Coronel Murta, no Médio Jequitinhonha.
Os garimpeiros artesanais somam um população de mais de 8 mil trabalhadores, em todo o Vale do Jequitinhonha, principalmente em Diamantina, Coronel Murta, Araçuaí, Virgem da Lapa, Itinga, Padre Paraíso e Medina, afirma a Cooperativa dos Garimpeiros de Coronel Murta.
Os pescadores estão espalhados por comunidades à beira do rio Araçuaí e Jequitinhonha. Há poucos com registros profissionais na Colônia de Pescadores de Jequitinhonha.
Há alguns representantes de ciganos em cidades do Baixo Jequitinhonha, nos municípios de Jordânia e Almenara
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