quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Renato Russo, 15 anos sem o poeta da juventude

15 anos sem o poeta da juventude
Por Alexandre Macedo twitter.com/AlexandreFmsso Sempre acreditei no poder educativo da música. Esta, ao mesmo tempo que nos alegra e distrai, causa em nós uma certa transformação, pois nos leva a pensar, refletir, adquirir auto-conhecimento e a construir nossa personalidade.

Nesse sentido, quero destacar neste texto, o inesquecível "poeta da juventude", o saudoso Renato Russo (☆ 27/03/1960 - † 11/01/1996).

Nada mais justo, do que nesse dia do aniversário de 15 anos de sua morte, relembrar a memória deste fantástico compositor e poeta que encantou e encanta milhões de pessoas no Brasil e no mundo inteiro. Seus fãs, ainda fiéis à sua herança, ainda entoam suas canções com a mesma emoção e intensidade de quando as músicas foram lançadas.

Renato Manfredini Júnior, além de músico e vocalista da Legião Urbana, era um constante denunciador das injustiças do nosso país. Letras de canções como "Que país é este?" ainda hoje ecoam com muita intensidade e atualidade. Foi o caso do episódio do Rock in Rio onde o vocalista Dinho Ouro Preto do Capital Inicial remeteu a canção à José Sarney (atual presidente do Senado).

Trechos de canções de Renato Russo como "É precisar amar as pessoas como se não houvesse o amanhã" (Pais & Filhos) e outras, continuam levando muitos a refletirem sobre os valores atuais da humanidade. Ficamos instigados quando percebemos que "até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo" e hoje, enquanto permanecemos imobilizados diante de tantas injustiças, nos sobrevém a dúvida: "quem roubou nossa coragem"?

Dizia Renato Russo: "Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo, eu prefiro acreditar no mundo do meu jeito...". Diante das atrocidades, guerras, violência, desigualdade social e outros, o músico ainda nos leva a buscar um outro jeito de pensar o nosso cotidiano por meio de outros pontos de vista que não seja a televisão e outros meios que, ao invés de nos trazer sabedoria e reflexão, sempre nos trazem incentivos que nos instigam a consumir e consumir, como se cidadania se resumisse ao ato econômico.

Enfim, passados tantos anos, o que constatamos é que Renato Russo ainda vive e sua música é imortal! Nos violões acústicos (nas prazerosas "rodinhas"), suas canções como "Eduardo e Mônica"; "Faroeste Caboclo"; "Há tempos"; "Índios"; "Teatro dos Vampiros" e outras, mexem com as nossas emoções e todo mundo canta junto do início ao fim das canções.

Que todos, neste dia, façam suas homenagens ao nosso "poeta da juventude"! Que tal tocar um dos cd´s da banda? "As quatro estações, "Dois"; "O descobrimento do Brasil", etc., sem esquecer é claro, dos maravilhosos albúns "Equilíbrio Distante" e "The Stonewall Celebration Concert". Sempre digo que as músicas da Legião nos revigora e nos faz "ser nós mesmos", com uma boa dose de autoconhecimento, utopia, poesia, romance, justiça, e claro, o grande humanismo que todas as suas letras carregam.

Um abraço a todos os eternos amantes da Legião Urbana de Capelinha e região!
Viva a Legião Urbana! Viva Renato Russo!
Alexandre Macedo é estudante de Serviço Social da PUC-PR. Natural de Capelinha, participa do Movimento Muda Capelinha e do "A UFVJM é nossa!".

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