Cachaça de Salinas recupera direito ao nome 'Havana' e vai continuar a mais cara
Cada garrafa da bebida, alvo de uma das mais acirradas brigas por marca no Brasil, é comprada por R$ 300
FLÁVIO TAVARES, do jornal Hoje em Dia Produção da Havana deve ser mantida em 20 mil litros por ano, revela Oswaldo Santiago
Os herdeiros de Anísio Santiago, criador da cachaça mais cultuada do país, a Havana, produzida em Salinas, no Vale do Jequitinhonha, apostam em escala de produção reduzida e em preço salgado na hora de comercializar a bebida. Após cerca de uma década lutando para registrar a marca, a família Santiago conseguiu inscrever, pela primeira vez, no dia 6 de setembro, a Havana no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
Mesmo com a possibilidade de comercializar a bebida livremente e com o nome original, desde 2005, o empresário Oswaldo Santiago, filho do produtor Anísio, garante que não pretende expandir a produção, que hoje não passa de 20 mil litros por ano. “Se expandir, acabamos perdendo a qualidade. Esse é o nosso grande trunfo na hora de vender nosso produto”.
Segundo Oswaldo, depois de ficar entre oito e dez anos em tonéis de bálsamo, a aguardente mineira é vendida na Fazenda Havana por R$ 300. Em Belo Horizonte, cada dose da bebida pode custar até R$ 50. “Nosso pai não aprovaria se começassemos a comercializar a cachaça em larga escala. Ele sempre quis que a Havana fosse vendida para quem realmente aprecia uma caçhaça de boa qualidade, afirma o empresário que mantém na fazenda apenas dez empregados que trabalham em todo o processo de produção da bebida.
A disputa pelo registro da aguardente, travada entre a família Santiago e a empresa Havana Clube Holding S/A, do rum Havana Club (Cuba) é considerada uma das mais acirradas brigas por uma marca já travada no Brasil. Somente neste ano, um juiz da 8ª Vara da Justiça Federal de Belo Horizonte determinou que o registro definitivo do nome que fez a fama da aguardente artesanal pertence à família de Anísio Santiago.
A disputa judicial começou em 31 de janeiro de 2001, quando o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) arquivou o pedido de registro da cachaça Havana, tendo em vista que a marca já havia sido registrada pela Havana Clube Holding S/A. Na ocasião, Anísio Santiago atendeu a decisão judicial e passou a utilizar o seu próprio nome no rótulo da aguardente, que ele começou a produzir em 1943. “Meu pai morreu em 2001 muito desgostoso por ter perdido a marca da cachaça fabricada na fazenda. Poder manter tudo igual a quando ele estava na frente da produção é uma vitória para nós”, diz Oswaldo.
Os herdeiros de Anísio recorreram contra a decisão do Inpi, uma vez que tinham uma documentação que confirmava o registro da marca Havana desde 1946, junto à antiga Coletoria de Impostos Federal de Salinas. “A empresa cubana só fez o registro no Inpi em 1986”, diz Oswaldo Santiago.
Em outubro de 2005, os herdeiros de Anísio Santiago conseguiram reaver a marca por meio de liminar e, desde então, é possível encontrar no mercado as duas marcas: Havana e Anísio Santiago. Oswaldo Santiago garante que vai continuar fabricando as duas marcas. “É uma maneira de homenagerar duplamente o meu pai”, afirma.
Fonte: Hoje em Dia
Cada garrafa da bebida, alvo de uma das mais acirradas brigas por marca no Brasil, é comprada por R$ 300
FLÁVIO TAVARES, do jornal Hoje em Dia Produção da Havana deve ser mantida em 20 mil litros por ano, revela Oswaldo Santiago
Os herdeiros de Anísio Santiago, criador da cachaça mais cultuada do país, a Havana, produzida em Salinas, no Vale do Jequitinhonha, apostam em escala de produção reduzida e em preço salgado na hora de comercializar a bebida. Após cerca de uma década lutando para registrar a marca, a família Santiago conseguiu inscrever, pela primeira vez, no dia 6 de setembro, a Havana no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
Mesmo com a possibilidade de comercializar a bebida livremente e com o nome original, desde 2005, o empresário Oswaldo Santiago, filho do produtor Anísio, garante que não pretende expandir a produção, que hoje não passa de 20 mil litros por ano. “Se expandir, acabamos perdendo a qualidade. Esse é o nosso grande trunfo na hora de vender nosso produto”.
Segundo Oswaldo, depois de ficar entre oito e dez anos em tonéis de bálsamo, a aguardente mineira é vendida na Fazenda Havana por R$ 300. Em Belo Horizonte, cada dose da bebida pode custar até R$ 50. “Nosso pai não aprovaria se começassemos a comercializar a cachaça em larga escala. Ele sempre quis que a Havana fosse vendida para quem realmente aprecia uma caçhaça de boa qualidade, afirma o empresário que mantém na fazenda apenas dez empregados que trabalham em todo o processo de produção da bebida.
A disputa pelo registro da aguardente, travada entre a família Santiago e a empresa Havana Clube Holding S/A, do rum Havana Club (Cuba) é considerada uma das mais acirradas brigas por uma marca já travada no Brasil. Somente neste ano, um juiz da 8ª Vara da Justiça Federal de Belo Horizonte determinou que o registro definitivo do nome que fez a fama da aguardente artesanal pertence à família de Anísio Santiago.
A disputa judicial começou em 31 de janeiro de 2001, quando o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) arquivou o pedido de registro da cachaça Havana, tendo em vista que a marca já havia sido registrada pela Havana Clube Holding S/A. Na ocasião, Anísio Santiago atendeu a decisão judicial e passou a utilizar o seu próprio nome no rótulo da aguardente, que ele começou a produzir em 1943. “Meu pai morreu em 2001 muito desgostoso por ter perdido a marca da cachaça fabricada na fazenda. Poder manter tudo igual a quando ele estava na frente da produção é uma vitória para nós”, diz Oswaldo.
Os herdeiros de Anísio recorreram contra a decisão do Inpi, uma vez que tinham uma documentação que confirmava o registro da marca Havana desde 1946, junto à antiga Coletoria de Impostos Federal de Salinas. “A empresa cubana só fez o registro no Inpi em 1986”, diz Oswaldo Santiago.
Em outubro de 2005, os herdeiros de Anísio Santiago conseguiram reaver a marca por meio de liminar e, desde então, é possível encontrar no mercado as duas marcas: Havana e Anísio Santiago. Oswaldo Santiago garante que vai continuar fabricando as duas marcas. “É uma maneira de homenagerar duplamente o meu pai”, afirma.
Fonte: Hoje em Dia
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