Casas da Rua do Porto são invadidas pelas águas barrentas e furiosas
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Muita gente não acreditou, permaneceu nas suas casas, deixou gado pastando em mangueiros à beira do rio, quiosques permaneceram com seus equipamentos, bombas de mineradores continuaram sua operação ou em estágio de espera, mas firmes no leito dos rios.
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5 horas da manhã, susto na Rua do Porto
Na cidade de Berilo, no Médio Jequitinhonha, a enchente começou às 5 horas da manhã deste sábado, 31/10/09. As famílias da Rua do Porto acordaram assustadas. Edilene Pereira da Costa acordou com o telefone avisando que a água já estava invadindo a sua casa. Correu para a parte de baixo. Abriu a porta e a água, sem pedir licença, foi entrando, invadindo sua lavanderia.
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As águas do rio Araçuaí cobriam tudo. Todas as pedras altas e árvores em pequenas ilhas do rio foram cobertas. A praia e os quiosques também sumiam debaixo dágua.
As águas chegavam aos quintais, cozinhas, quartos e salas das casas em locais mais próximos às margens do rio.
A antiga casa de bomba da Copasa teve a sua ponte levada pelas águas(primeira foto acima).
Espetáculo raivoso da natureza
As águas desciam barrentas, cheias de cisco, galhos, cabeça de gado, equipamentos de mineração...
O povo da cidade desceu. Era gente que vinha de tudo quanto é lado. Uns iam para o adro da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, outros para os lados da Gameleirinha. Uns se arriscavam em desafiar a braveza do rio, entrando em suas águas, subindo em pedras ainda não cobertas, às suas margens. Outros, solidários, desciam correndo para ajudar os moradores da Rua do Porto a salvarem os móveis, eletrodomésticos, roupas e alimentos. As famílias que moravam mais no alto ofereciam abrigo e lugar para guardar o que dava para salvar.
Rio subiu 9 metros
A ponte de madeira, na BR 367, sobre o rio Araçuaí, na saída para Virgem da Lapa, virou o point turístico do espetáculo furioso da natureza. Quem viveu a enchente de 1979 acredita que a de 2009 estava 3 metros abaixo do nível daquele ano. Ou seja, o rio teria subido hoje 9 metros, outros acreditam em 7 metros. Não havia uma certeza absoluta. Segundo o Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural, Milton Oliveira, o Tintim, normalmente o nível da água até a parte mais alta da ponte dá 12 metros. Pelo "olhômetro" percebeu-se que faltaram cerca de 3 metros para as águas cobrirem a ponte. Muitos assistiam extasiados ou assustados a fúria das águas. Uns ficavam em cima dos barrancos, outros se aventuravam em ir para o meio da ponte. A Polícia Militar chegou e avisou para o perigo de quando viessem grandes árvores revirando pela correnteza poderia bater na parte de cima da ponte e quebrá-la. Quando alguém avisava de algo muito grande revirando na água acontecia uma correria para a estrada.
Os curiosos contabilizaram 4 balsas e bombas de mineração descendo com seus equipamentos. Algumas pessoas conseguiam pegar alguns metros de canos de plástico.
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