Palmópolis: Pescador morre afogado no Rio do Prado
Palmópolis: Pescador morre afogado no rio do Prado
O trabalhador braçal Antônio Neto Rocha Mendes, 30 anos, foi encontrado morto nas águas do Rio do Prado, no município de Palmópolis, no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas, no último sábado, 03.03.
Ele chegou a ficar desaparecido por quase um dia, até um tio relatar que o mesmo fazia uso de bebida alcoólica e sempre ia pescar no ribeirão.
O corpo foi localizado na manhã de domingo, 04.03, por volta das 08 horas. Ele já estava sem vida e com suspeita de afogamento. O cadáver boiava próximo à bomba d'água da Copasa.
Segundo a Perícia Técnica, não foi constatado sinais de violência no corpo de Antônio.
Os Militares, orientados pela Polícia Civil, acionaram a Funerária Teófilo Otoni para recolhimento do corpo e encaminhamento até Perícia, na cidade de Almenara, no Baixo Jequitinhonha.
Comentário:
São vários mortes por afogamento nestes dois primeiros meses do ano, no Vale do Jequitinhonha. Já foram anotados afogamentos em Diamantina, Capelinha, Chapada do Norte, Berilo, Araçuaí, Águas Formosas e Palmópolis.
Será que a água é tão rara que já desaprendemos a lidar com ela? Ou vamos com tal ânsia, fissurado, devido à sua falta, que acabamos indo com muita sede ao pote e nos afogamos naquela que é o símbolo da vida?
Por que os afogamentos se dão com mais frequência na época das cheias?
É elementar, alguém pode responder, apontando o óbvio do perigo do tempo das águas. Porém, os afogamentos apontados não se deram nos locais de correntezas ou enxurradas - fora o caso de Capelinha.
Afora as tentativas de entendimento deste fenômeno, sugiro aos setores de segurança, principalmente o Corpo de Bombeiros, que se localiza nas pontas da nossa região - Teófilo Otoni, Diamantina e Montes Claros - que desenvolvam campanhas preventivas ao afogamento. Os pequenos municípios do Vale deveriam fazer alguns treinamentos sobre medidas preventivas com o Corpo de Bombeiros, principalmente no início do verão.
Osni Guaiano, Professor do módulo Prevenção e Segurança em Atividades de Aventura, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) - SP, especialista do assunto, afirma o seguinte:
O afogamento pode atingir o ser humano em qualquer idade, mas a infância e a adolescência são as fases de maior susceptibilidade, visto que quase 65% das mortes por afogamento no mundo acontecem entre 0 e 14 anos. O impacto do afogamento no setor saúde pode ser estudado por várias fontes, mas nenhuma delas totalmente completa e correta. A gravidade do problema não está só na alta mortalidade que produz. É importante considerar que para cada caso mortal relacionado com o afogamento, há número bem maior de resgates com lesões em graus variáveis. Com informações do banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde, Óbitos por Ocorrência por Região segundo Unidade da Federação, Causa - CID-BR-10: Afogamento e submersões acidentais, somamos as mortes por afogamento no Brasil entre 1996 e 2002 e constatamos que ocorreram cerca de 45,2 mil óbitos (17,94 óbitos/dia).
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