95 milhões de brasileiros são da classe C
Perfil é de maioria feminina, consumista e moradores em cidades de pequeno porte
Perfil elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República revela que a nova classe média brasileira, formada por 95 milhões de pessoas, tem a maioria feminina (51%) e branca (52%) e é predominantemente adulta, com mais de 25 anos (63%).
Estes dados contradiz informação mais recente que indicava maioria negra na composição deste estrato de renda.
Os dados são da Pnad/IBGE antes do Censo 2010, e agora recompilados pela SAE para estabelecer o perfil da classe C – que, na última década, teve o ingresso de 31 milhões de pessoas e tornou o estrato social mais volumoso.
Resumo dos dados:
1) URBANA. Majoritariamente urbana (89%) e, em sua maioria, está em três regiões brasileiras: Sul (61%), Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%);
2) CIDADES DE PEQUENO PORTE. Residente em cidades de pequeno porte (45%), com menos de 100 mil habitantes;
3) CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM ESCOLAS. 99% das crianças e adolescentes (7 a 14 anos) da classe média frequentam a escola. A proporção é a mesma que a da classe alta. A frequência escolar nas faixas etárias mais velhas é, no entanto, comparativamente menor. Na classe alta, 95% dos jovens de 15 a 17 anos e 54% dos adultos de 18 a 24 anos frequentam escola; enquanto, na classe emergente, os percentuais caem para 87% e 28%, respectivamente;
4) EMPREGOS FORMAIS.Seis em cada 10 pessoas da classe C estão empregadas. A maioria dessas tem registro formal (42% com carteira assinada e 11% como funcionário público); 19% trabalham sem registro; outros 19% trabalham por conta própria; 3% são empregadores; e 6% não são remunerados. O perfil de formalização da classe C (53%) está acima da média nacional (47%);
5) RESIDÊNCIA PRÓPRIA. Conforme os dados compilados da Pnad 2009, três quartos da classe C moram em casa própria, sendo 99% dos domicílios de alvenaria ou madeira emparelhada; com forro ou cobertura de laje, telhado ou madeira emparelhada.
Postei, como ilustração desta nota, o resumo de outra pesquisa sobre a Classe C, para efeito de comparação.
Publicado pelo cientista político Rudá Ricci, do Instituto Cultiva, de Belo Horizonte
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