A energia mais cara do mundo não tem competição: Vai ganhar dela mesma.
A CEMIG pediu e a ANEEL autorizou: a tarifa da energia fornecida aos mineiros e vendida também a outros brasileiros vai aumentar em 6,61%, a partir de 8 de abril.

Já para os demais consumidores de média e alta tensão, o reajuste será de 9,02%. Na média geral, o impacto do reajuste para todas as classes consumidoras será de 7,24%.
Os mineiros receberam uma notícia nada agradável, o aumento da tarifa da energia elétrica no estado, que já era muito cara.

Segundo a ANEEL, para realizar a alteração dos valores foi levado em conta a variação de custos que a empresa teve em um ano. Os índices aprovados pelo órgão correspondem ao reajuste máximo que pode ser aplicado pela CEMIG. O aumento vai representar mais gastos para as famílias, uma vez que a energia é indispensável nos dias de hoje. Desligar lâmpadas, tomar banho quente com menos tempo e evitar desperdícios é uma forma de economizar e, no final do mês, ter mais dinheiro para ser investido em outras áreas.
Tarifa de energia em Minas é uma das mais caras do mundo
Ainda que fossem cortados os impostos sobre a conta de luz, a tarifa praticada em Minas continuaria entre as mais caras do mundo. Foi o que afirmou o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, José Antônio Baeta de Melo Cançado, junto à Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, no segundo semestre de 2009.
Durante os debates, foram defendidas propostas como redução de impostos sobre a energia e mais transparência sobre taxas e contribuições embutidas nas contas de luz. Mas segundo o promotor, levantamento feito em 2007 mostra que, sem tirar os impostos, a tarifa praticada pela Cemig era a mais alta do Brasil e só perderia no mundo para quatro regiões do Japão, cujas tarifas eram mais elevadas por questões climáticas e geográficas.

No entendimento do promotor, esse cenário traduz os paradoxos existentes hoje no País quanto à definição da tarifa social, objeto de lei federal em vigor para dar descontos na conta de luz a pessoas com renda baixa e consumo menor.
"É preciso uma pressão popular para descobrir o que está errado nesse modelo energético", defendeu José Antônio Baeta.
Ele alertou que alguém vai pagar por essa redução, e que se esse custo for repassado, acabará retornando de outra forma às classes mais pobres.
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