domingo, 27 de novembro de 2011

Diamantina: Audiência Pública debate sobre a UFVJM

Diamantina: Audiência Pública debate sobre a UFVJM
Evento reuniu deputados e sociedade civil. Reitor não compareceu nem enviou representantes


Comitiva de Almenara na Auduiência Pública, em Diamantina. Foto: Fabrício Fagundes
As Comissões de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), participaram na última quinta feira (24/11) de uma audiência pública em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, para discutir com autoridades locais e representantes de movimentos civis a questão que virou motivo de sérias divergências na região do semiárido mineiro.


De um lado, o reitor da UFVJM afirma que a decisão é irreversível e não vai prejudicar em nada os moradores do Vale. Do outro, políticos e moradores questionam a transferência para outros municípios de recursos prometidos à região.

O deputado estadual Délio Malheiros (PV), autor do requerimento para a realização da audiência pública, defende que antes da expansão da universidade para os municípios de Unaí e Janaúba, nas regiões Noroeste e Norte do Estado, é preciso avaliar a missão para a qual a instituição foi criada, impedindo que a ampliação para outros lugares prejudique a ampliação de vagas para os moradores dos vales. “Temos uma carência enorme no vale e são vários municípios que reivindicam unidades. A ampliação faz com que o objetivo dessa universidade acabe se perdendo”, explica o parlamentar.

O reitor da UFVJM, Pedro Ângelo Almeida Abreu, não participou da Audiência e disse que a definição sobre a ampliação da universidade para Unaí e Janaúba já foi discutida e aprovada pelo Conselho Universitário, sem possibilidade de mudanças.


Sobre a construção de novas unidades no Vale do Jequitinhonha, o reitor explica que já estão sendo feitos estudos técnicos pelo mesmo Conselho e que enquanto não houver uma definição ele prefere não participar de discussões sobre o tema.


“Acho justa a reivindicação dos movimentos civis por novos câmpus e podem ser viáveis três novas unidades no Vale, mas a questão não pode ser colocada como um confronto entre regiões. O Norte de Minas também precisa ser atendido com ofertas de cursos superiores”, afirmou Abreu.
O CONSU - Conselho Universitário formou uma Comissão para fazer estudos técnicos, mas a Reitoria não liberou diárias para técnicos e professores viajarem até as cidades e fazerem levantamentos in loco. Porém, o Reitor já visitou cidades que ele tem interesse em implantar um campus, sem estudos e consulta ao CONSU.


Almenara presente
A distância de quase 700 quilômetros entre Almenara e Diamantina ficou pequena em relação à disposição dos representantes do Baixo Jequitinhonha em defender a bandeira de um campus em Almenara.A comitiva almenarense literalmente vestiu a camisa da campanha “UFVJM em Almenara – Eu Apoio essa idéia”.

Em entrevista à TV Assembleia de Minas Gerais, a presidenta da Associação Comercial de Almenara, Zinelma Calheiros, falou da importância da instalação de um Campus da UFVJM em Almenara e registrou o repudio na questão de alteração do nome da Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para outro qualquer. Entrevista de Zinelma Calheiros a TV Assembleia
Mais democracia
A posição definitiva apresentada pelo reitor desagradou aos integrantes do movimento “A UFVJM é nossa!”, que esperavam uma discussão mais aberta. “A questão está sendo tratada com muito autoritarismo por parte do reitor. Não é justo que lugares em situações melhores e que já têm opções para seus moradores recebam investimentos prometidos para o vale”, criticou Maria do Rosário Sampaio, integrante do movimento. Ela também cobrou uma ação mais efetiva dos parlamentares. “Estamos brigando há mais de seis meses e até agora os deputados têm andado a reboque dessas discussões. Parece até que os interesses da região não são importantes para o estado”, enfatizou.
Com informações de Marcelo Fonseca do jornal Estado de Minas: impasse-ufvjm

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