sábado, 5 de janeiro de 2019

87% dos brasileiros são cristãos, mas há cerca de 200 religiões no país.

O Brasil é um país eminentemente cristão, juntando católicos e evangélicos, chegando a 87% da população brasileira.
Ou seja, hoje, são cerca de 180 milhões de cristãos.
A população brasileira é majoritariamente cristã (86,8%), sendo sua maior parte católico-romana (64,6%) e protestante (22,2%), segundo o Censo IBGE de 2010. 
Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, quando foi instituído o Estado laico.
A Constituição Federal de 1988 prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão, oficialmente, separados, sendo o Brasil um Estado laico.
A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância, sendo a prática religiosa geralmente livre no país. 
O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as religiões e caracterizado pelo sincretismo religioso que é junção de de ritos e símbolos de religiões diferentes, buscando unidade religiosa e a construção de uma nova doutrina.
Declínio do Catolicismo
Há um declínio moderado e constante dos católicos no Brasil e um crescimento do protestantismo, segundo o Censo do IBGE, realizado a cada dez anos: em 1940 (95,2%), 1950 (93,7%) e 1960 (93,1%). A partir dos anos 80, a porcentagem de católicos foi declinando cada vez mais: 89,2% em 1980, 83,3% em 1991, 73,8% em 2000; em 2010 (64,4%),  o que equivale a 124 milhões de brasileiros.
Três vertentes fazem parte da Igreja Católica, hoje: a tradicionalista, mais conservadora e defensora da ortodoxia; os remanescentes da Teologia da Libertação que aliam a prática religiosa à realidade do povo; e a Renovação Carismática, majoritária hoje, que se aproxima da prática pentecostal. 
40% dos católicos se disseram não-praticantes, no Censo de 2010.


Crescimento de igrejas evangélicas
O movimento protestante tem crescido de forma vertiginosa no Brasil, principalmente as  igrejas pentecostais, nas periferias das grandes cidades e em pequenas cidades do interior. Estão presentes os movimentos cristãos básicos do protestantismo: batistas, adventismo, evangelicalismo, luteranismo, metodismo e presbiterianismo. No entanto, surgem muitas outras denominações religiosas cristãs no Brasil: pentecostais, episcopais, restauracionistas, entre outras.  
Em 1991, os evangélicos eram 9% da população brasileira, em 2.000 somavam 15% e em 2010, alcançavam 22% ou 42 milhões, com 60% de aumento de seguidores. Estima-se que o novo Censo do IBGE de 2020 constatará um crescimento ainda maior.

Uma pesquisa do Datafolha, de 2013, aponta que as igrejas evangélicas tinham 29% dos adeptos religiosos, no Brasil.


As principais denominações protestantes no Brasil apresentam os seguintes números de seguidores: igrejas protestantes tradicionais - batistas: 3,7 milhões; presbiterianas:  1,5 milhões; luteranos: 1 milhão; metodistas: 340 mil; e os adventistas: 1,5 milhões.
Entres os pentescostais e os neopentecostais, as igrejas com maior número de seguidores são: Assembléia de Deus, com 15 milhões; Congregação Cristã do Brasil com 3 milhões; Igreja Universal do Reino de Deus com 2,3 milhões e Igreja do Evangelho Quadrangular com 2 milhões.
Outras religiões  
8% da população, ou cerca de de 15 milhões de pessoas, declarou-se sem religião, no último Censo, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas. 
Há cerca de 4 milhões de espíritas ou kardecistas que seguem a doutrina espírita de Allan Kardec. 
Existe uma minoria de 1,6%, ou 3,3 milhões de muçulmanos, budistas, judeus e neopagãos.O animismo tem significativa representação, 0,3%, ou 600 mil adeptos,  dividindo-se em candomblé, umbanda, esoterismo, santo daime e tradições indígenas.Noventa e dois por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último  Censo realizado em 2010, que apontou a seguinte composição religiosa no Brasil: 
64,6% dos brasileiros, ou cerca de 124 milhões, declaram-se católicos; 
22,2%, ou cerca de 42 milhões, declaram-se protestantes (evangélicos tradicionais, pentecostais e neopentecostais);  
8,0% ou cerca de 15 milhões declaram-se irreligiosos: ateus, agnósticos ou deístas; 
2,0%  ou cerca de 4 milhões declaram-se espíritas; 
0,7%  ou 1,4 milhão declaram-se testemunhas de Jeová; 
0,3%  ou 588 mil declaram-se seguidores do animismo afro-brasileiro como o Candomblé, o Tambor-de-Mina e da Umbanda; 
1,6% (3,2 milhões) declaram-se seguidores de outras religiões, tais como: os budistas (243 mil), os judeus (107 mil), os messiânicos (103 mil), os esotéricos (74 mil), os espiritualistas (62 mil), os islâmicos (35 mil) e os hoasqueiros (35 mil). 
Há ainda registros de pessoas que declaram-se baha'is e wiccanos, porém nunca foi revelado um número exato dos seguidores de tais religiões no país.
Se você conhece apenas a sua religião como garantir que ela é melhor do que as outras?

No mundo inteiro existem cerca de dez mil religiões. No Brasil existem mais de duzentas religiões e práticas religiosas. Sendo que a “Umbanda” é a única religião brasileira, diferentemente das indígenas que tem seus rituais tipicamente voltados para seus antepassados e crenças específicas de sua tribo.
As outras religiões chegadas no Brasil vieram de outras partes do mundo através da colonização e emigração.
Pesquisas revelam que mesmo sendo de alguma religião, a maioria dos fiéis não conhece de fato sua religião e nunca estudou sobre o assunto.
As diversas formas de cultuar os Deuses são feitas em Igrejas, templos, mesquitas ou na própria natureza pelos povos primitivos ou tradicionais (ciganos, índios, quilombolas, etc.).
A maioria das religiões tem o propósito de te tornar uma pessoa melhor através do amor ao próximo da caridade e não colocar barreiras entre o ódio e preconceito.
O Papa Francisco disse que “Melhor ser ateu do que católico hipócrita”.
As maiorias das religiões pregam o bem, o amor ao próximo, o perdão, a caridade, a gratidão e o bem de forma ampla. Porém, existem religiões que matam, que excluem, que maltrata seu semelhante, que pratica guerras e terrorismo, tudo em nome da fé.
Vivemos num país que recebeu fortes influências religiosas. Respeitar a crença do outra é dever de todos nós que acreditamos na evolução para nos tornar uma pessoa melhor.
Sendo o Brasil um país laico, o poder público ainda investe mais na religião católica do que em outras religiões sem expressividade. É o caso das festas dos padroeiros e festas religiosas terem mais incentivo do poder público municipal do que em outras manifestações de outras religiões. Uma mistura de cultura popular e tradições.
Para quem disse que religião, futebol e política não se discute, engana-se, pois tudo pode ser discutido e questionado. Pois enquanto o senso comum não se discute, no mundo inteiro acontecem seminários, conferências de todas as nações para traçar o destino da humanidade através de interesses afins.

Com a Colaboração de Deyse Magalhães.

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