Itacambira: Roubadas imagens restauradas de Igreja de 300 anos

Itacambira: Roubadas imagens 

restauradas de Igreja de 300 anos

Pelo menos cinco imagens foram roubadas depois que a tricentenária Matriz de Santo Antônio em Itacambira, no Vale do Jequitinhonha, no Norte de Minas, foi arrombada na madrugada desta quarta-feira. A igreja, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), tem um sistema de alarme antifurto instalado pelo programa estadual Minas Para Sempre, com acompanhamento do órgão.

Segundo o Iepha/MG, a paróquia e a prefeitura da cidade informaram que mais peças podem ter sido levadas. A princípio, as imagens roubadas são as de São Miguel, Santana Mestra, São Sebastião, Santo Agostinho, Santo Antônio, e São Gabriel.

O instituto enviou as fichas de inventário do templo ao executivo local e às polícias Federal e Civil para conferência completa do acervo documentado pelo instituto, com fotos, descrições, medidas, e outros dados, para facilitar a identificação das peças. Até o início desta tarde, nenhum suspeito do crime havia sido detido. Quem tiver alguma informação sobre a localização das peças deve entrar em contato com o Iepha/MG pelo telefone (31) 3235-2813 ou através do Fale Conosco no site do órgão.

No dia 31 de julho de 1998, a Igreja Matriz de Santo Antônio foi considerada como bem cultural, assim como seu acervo e foi tombada pelo Iepha.

Em relação à origem da matriz de Santo Antônio, alguns autores consideram ser 1707 o ano em que ela foi erguida. “Teriam os mineiros levantado no plano de um espigão uma capela, dedicando-a a Santo Antônio, e daí assentaram o seu arraial” (RPAM). A matriz de Itacambira foi sede da grande freguesia do bispado da Bahia. Foi constituída paróquia em 13 de maio de 1813, tendo autonomia sobre as igrejas de Montes Claros, Grão Mogol e Francisco Sá.

Recebeu, no século XVI, as pioneiras expedições exploradoras dos bandeirantes. O historiador Diogo de Vasconcelos atribui como fundador do arraial Fernão Dias Paes Leme, por ter ele encontrado as lendárias Serra Resplandecente e a Lagoa de Vapabucu. (Cristiane Silva e Alberto Bouchardet)