A falta de limites e o lado triste do
Carnaval em Minas
Depois da alegria dos quatro dias de folia, sociedade conta as
vítimas de acidentes, afogamentos e crimes
FLAVIO TAVARES
Grande parte dos acidentes é provocada por imprudência dos motoristas
Durante os quatro dias de Carnaval, a alegria dos foliões por todas as partes do país foi estampada em capas de jornais e reportagens de TV. Mas, passada a euforia do reinado de Momo, os números que retratam as imprudências e as irresponsabilidades cometidas são trágicos. Em Minas, 17 pessoas morreram afogadas e pelo menos 28 perderam a vida em acidentes nas estradas. Além disso, desentendimentos por motivos banais deixaram mortos e feridos pelo Estado.
Segundo bombeiros e policiais que atuaram nas ocorrências envolvendo mortes e agressões, em grande parte as vítimas ou agentes fizeram uso exagerado de álcool e drogas ou procederam de forma inconsequente. O major Agnaldo Lima, da Polícia Militar Rodoviária, confirma que a desatenção ao volante é um dos maiores motivadores de acidentes.
Explicação psicológica:
Segundo bombeiros e policiais que atuaram nas ocorrências envolvendo mortes e agressões, em grande parte as vítimas ou agentes fizeram uso exagerado de álcool e drogas ou procederam de forma inconsequente. O major Agnaldo Lima, da Polícia Militar Rodoviária, confirma que a desatenção ao volante é um dos maiores motivadores de acidentes.
Explicação psicológica:
sem limites, fantasias de última festa da vida, uso e abuso de drogas
Na avaliação da médica e psicanalista Soraya Hissa, o Carnaval simboliza, para muitos, a falta de limite. “A depressão e a tristeza que acometem as pessoas quando o Carnaval acaba demonstram que, para muita gente, é como se essa fosse a última festa de suas vidas. Por isso precisam fazer de tudo, sem imposição de limites”, afirma.
Ela pontua que a falta de controle começa em novembro, com os preparativos das festas de fim de ano, e se prolonga até a festa mais popular do país. “A expectativa de extravasar tudo é tanta que quando chegam as festas, as comemorações, muitos perdem a noção da censura, do limite, abusam de drogas psicoativas, do álcool e não têm a menor obediência a nada”, reforça.
Na avaliação da médica e psicanalista Soraya Hissa, o Carnaval simboliza, para muitos, a falta de limite. “A depressão e a tristeza que acometem as pessoas quando o Carnaval acaba demonstram que, para muita gente, é como se essa fosse a última festa de suas vidas. Por isso precisam fazer de tudo, sem imposição de limites”, afirma.
Ela pontua que a falta de controle começa em novembro, com os preparativos das festas de fim de ano, e se prolonga até a festa mais popular do país. “A expectativa de extravasar tudo é tanta que quando chegam as festas, as comemorações, muitos perdem a noção da censura, do limite, abusam de drogas psicoativas, do álcool e não têm a menor obediência a nada”, reforça.
Afogamentos: 17 em 2012; 7 em 2011
Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, na comparação com o Carnaval de 2011, o aumento no número de mortes por afogamento no Estado foi de 143%. Nos quatro dias de folia do ano passado, foram sete mortos.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da corporação, cachoeiras e rios foram os principais locais de afogamentos. No entanto, a falta de habilidade para nadar e o excesso de bebidas alcoólicas fizeram com que o número de mortes crescesse tanto. Uma característica também é marcante: no ano passado choveu muito durante o Carnaval, enquanto que neste ano houve calor intenso e tempo seco.
Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, na comparação com o Carnaval de 2011, o aumento no número de mortes por afogamento no Estado foi de 143%. Nos quatro dias de folia do ano passado, foram sete mortos.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da corporação, cachoeiras e rios foram os principais locais de afogamentos. No entanto, a falta de habilidade para nadar e o excesso de bebidas alcoólicas fizeram com que o número de mortes crescesse tanto. Uma característica também é marcante: no ano passado choveu muito durante o Carnaval, enquanto que neste ano houve calor intenso e tempo seco.
Morte em acidentes nas estadas: 28 em 2012; 45 em 2011.Nas rodovias federais, 28 pessoas haviam morrido até a tarde de quarta-feira (22). Um balanço oficial de acidentes será divulgado nesta quinta-feira (23), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nas estradas estaduais, foram pelo menos sete mortos até quarta, totalizando 28 óbitos no trânsito desde a sexta-feira (17). No ano passado, 45 pessoas morreram nas rodovias federais e estaduais durante o Carnaval.
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