sábado, 18 de fevereiro de 2012

Justiça impede repúblicas de Diamantina
de abrigar foliões neste carnaval

Às vésperas do carnaval, quatro repúblicas de Diamantina, no Alto 
Jequitinhonha, foram proibidas de receber foliões. A Justiça acatou um pedido
do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que determina a desocupação dos
imóveis para prevenir agressões ao patrimônio histórico da cidade e proteger as 
pessoas que frequentam o local. Serão feitas fiscalizações nos locais e as pessoas
podem ser retiradas dos casarões. 
Segundo o promotor Enéias Xavier Gomes, as repúblicas Bicho Preguiça, Zorra,
TTM e RIM estavam oferecendo pacotes pela internet. “As quatro juntas receberiam um 
público de 800 pessoas, 200 cada. Sendo que a capacidade dos casarões é de 30 
pessoas”, explica o promotor. 
Em outubro de 2011, o órgão já havia recomendado às repúblicas estudantis da 
cidade que não negociassem pacotes para o Carnaval de 2012 sem o laudo do 
Corpo de Bombeiros e o alvará da prefeitura. “Este ano reforçamos essa recomendação
e conseguimos o aval da justiça”, diz o promotor.
Com a autorização judicial, um oficial de justiça foi às repúblicas e notificou os 
responsáveis. “Vamos fazer uma fiscalização junto com a Polícia Militar e caso
nossa reivindicação não seja atendida, vamos retirar todas as pessoas que 
estiverem no local e depois vamos lacrar o casarão”, explica Enéias Gomes.


A prática de abrigar várias pessoas nos casarões do centro histórico é comum em 
Diamantina, conhecida por um dos carnavais mais animados e tradicionais de 
Minas. Mas, a recomendação está restrita apenas às quatro repúblicas. “A proibição 
vale apenas para essas repúblicas, mas se chegar casos com a mesma prática vamos 
estender a medida. Para alguns casarões com risco maior, já foram 
encaminhadas recomendações e várias pessoas já acataram. Mas sabemos que não 
tem como fazer isso no centro histórico todo”, admite o promotor.

Festa mantida Na república Zorra, o carnaval está mantido. Cárita 
Guedes, uma das responsáveis pelo local, confirmou que foi entregue por oficiais 
de Justiça uma notificação, mas que não cancelaram a folia. “Realmente recebemos,
mas entendemos que ela é indevida. Informaram que havia aqui um monte de 
irregularidades que não existem”, disse.
Ela não quis revelar qual o público esperado no casarão durante os próximos dias. 
No site da república, a informação sobre pacotes indicava que as vagas para 
camping já estavam esgotadas. Mas ainda eram ofertados pacotes com acomodação 
em salas para até 8 pessoas e em quarto simples, respectivamente por R$ 500 e 
R$ 600 para cada pessoa.


A reportagem do em.com tentou contato com as outras repúblicas alvo da ação do 
Ministério Público, mas não conseguiu localizar os reponsáveis.
Clique aqui para saber mais.
Com a ponte atenta do Passadiço Virtual, do Fernado Gripp

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