Bloco Ressaca agita foliões de Berilo
O tradicional Bloco da Ressaca do carnaval de Berilo saiu
neste domingo, carregando uma multidão de foliões, simpatizantes e risos de
quem via o grotesco em homens vestidos de mulher, das formas mais escrachadas
possíveis.
O Bloco completou 16 anos trazendo alegria e irreverência às
ruas da cidade de Berilo.
A Banda/Charanga da Vila Santo Izidoro puxou a música/hit de
Michel Telo “Ai se eu te pego!”, na saída do Bloco do “Ginásio” Municipal, na
Avenida JK, na manhã deste domingo.
E daí entrou samba, frevo, marchinhas,
samba-enredo e tudo que os foliões e quem acompanhava tinha direito.
Pessoas chegavam às janelas, portas e passeios para assistir
a irreverência do Bloco da Ressaca passar
mais uma vez, animando o carnaval de Berilo.
Ao chegar à Rua Francisco Badaró Júnior, a “Rua de Cima”
para os antigos, Nazareth de Chico de Lioca, arranjou um pingômetro.
Inaugurado
o ano passado, e reinaugurado, a pedidos, este ano.
Alguns homens ainda resistem a aceitar este tipo de fantasia
chamando esta atitude de “viadagem”.
Quem se veste de mulher responde que é
preciso ser muito homem para ter coragem de vestir-se de mulher.
As próprias mulheres preparam seus maridos para que fiquem
lindos, maravilhosos.
Quem mais capricha neste quesito é Poliana, esposa de Sidônio.
Sempre este comerciante se apresenta com uma novidade. Desta vez, apresentou
longos cílios coloridos como penas de pavão.
Serjão Eleutério, de Barueri-SP, apresentou-se com uma
grande barriga de grávida, parecendo querer entrar no Guinnes Book, parindo
mais filhos que os 11 de uma indiana.
Carlos Alberto Eleutério, o Betão, também caprichou no
visual com sua roupa de marinheiro estilizada.
Escracho maior que o de Dim de Osvaldo esta pra existir. Ele
não deixa um folião sem passar a mão ou fazer poses provocantes de uma dama
oferecida.
Outros que não perdem foram Juraci, o Ju, e o Lé de Elci. Hélder
e Wagner, seus inseparáveis companheir@s não apareceram.
Altemar fazia um conjunto solo provocante, preparado pela sua
companheira Nega.
Muitos jovens vêm assumindo o Bloco, deixando o Afonso de
Nata, um dos fundadores, cheio de orgulho por acreditar que esta alegria não
vai acabar tão cedo.
Leo, Goteira, Regis, Alexandre, Giovani e Airton rodeavam
quem se aproximava e cantavam “eu quer”, “eu quer”, “eu quer”.
Fizeram esta
roda de dança com várias pessoas, entre elas o Frei Laércio, que se atreveu a borrifar
spray nos foliões. Para alguns, foi uma verdadeira heresia.
Para os jovens, uma
brincadeira alegre e relaxante.
Muitas caras novas apareceram como pessoas de comunidades
rurais, dos bairros São Francisco, Planaltinho e Dom Silvestre.
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