domingo, 9 de janeiro de 2011

PT/PSB contra PMDB na disputa do DNOCS e CODEVASF

PT/PSB contra PMDB no Ministério da Integração Nacional
Aécio e Dilma no xadrez da política nacional
DNOCS e CODEVASF, no norte de Minas, têm petistas e peemedebistas na disputa

O jogo de contrapesos envolvendo PSB e PMDB, pelo visto, será constante nos próximos quatro anos e envolve a disputa entre Aécio Neves e PT na sucessão de Dilma. Pode parecer cedo para quem não conhece o jogo político não aparente.

O fato é que Aécio tentará avançar sobre o PSB, principalmente agora que ganhou apoio formal de FHC para 2014.

Mas Garrincha já nos ensinou que não se joga sem pensar no adversário. E Dilma Rousseff está de olho. PT e PSB fecharam acordo para retirar os cargos do PMDB do Ministério da Integração.

Esta é a fase mais complexa da montagem do governo, envolvendo cargos de segunda escalão e diretorias de estatais.

Elias Fernandes, atual diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), é homem de confiança do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).

Será demitido pelo novo ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, do PSB.

O presidente da Codevasf, Orlando Castro, cujo padrinho é o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA) também cairá.

Pelo acordo entre PT e PSB do Nordeste, Castro também será afastado, dando lugar a um socialista, provavelmente Sérgio Novais, presidente do PSB de Fortaleza.

Em troca, os petistas do Ceará, que desde 2003 mantêm o controle do Banco do Nordeste, devem permanecer no posto.

Seguindo a lógica garrinchiana, o PMDB reagirá. Espaço aberto para a aproximação de tucanos.

Este jogo pendular será uma constante, tendo em 2012 o primeiro pit stop.
Lambido do Blog do Rudá Ricci, De esquerda em Esquerda

Nosso comentário:
Aqui em Minas, as vagas da Diretoria Regional do DNOCS e CODEVASF, em Montes Claros, tem disputa de candidatos do PT e do PMDB. Nada do PSB que tem poucos quadros técnicos e políticos em Minas.

O PT de Montes Claros apresentou o ex-vice-prefeito da cidade, Sued Botelho para a Diretoria do DNOCS.
Sued tem o apoio do deputado estadual eleito Rogério Correa e deputado estadual Padre João, eleito deputado federal. Ambos são do PT, da corrente Movimento PT.

O engenheiro petista Marcos Maia, atual Presidente da ESURB - Empresa de Serviços e Limpeza Urbana, da Prefeitura Municipal, tem o apoio do Deputado Estadual Paulo Guedes e Virgílio Guimarães para ocupar tanto o DNOCS quanto a direção da CODEVASF. Marcos Maia é da ala do Fernando Pimentel.

O prefeito de Montes Calros, Tadeu Leite, do PMDB, abençoa e põe a mão no fogo por Maia, mas não faz o mesmo por Sued, seu adversário eleitoral, em 2008, na chapa de Athos Avelino.

Tadeu prefere Marcos Maia no DNOCS e apóia o atual diretor da CODEVASf, Dimas Rodrigues, do PMDB. Assim, manterá os dois pés nos dois órgãos.

Pode surgir um outro nome petista apoiado por Patrus Ananias e pelo PSB mineiro, na disputa da direção do DNOCS.

Candidato do PMDB
"Se depender da bancada do PMDB em Minas não haverá maiores dificuldades para a permanência do ex-deputado estadual Dimas Rodrigues, também ex-prefeito de Janaúba, à frente da superintendência da Codevasf e Minas Gerais.

Neste final de ano Dimas aproveitou grande parte do tempo para percorrer gabinetes no Congresso Nacional e garantir emendas para o órgão.

Em relação à sua permanência, o ex-parlamentar tem como principal articulador o deputado federal Saraiva Felipe (PMDB) que, diga-se de passagem, tem carta branca junto à presidente Dilma Rousseff, sua companheira de ministério no governo Lula. "

Este último comentário é do Aldeci Xavier, jornalista de Montes Claros, no www.onorte.net

O mais interessante que se observa é a ausência de participação de lideranças do Vale do Jequitinhonha neste processo. O DNOCS tem atividades diretas nos serviços de abastecimento de água para consumo humano e produção agropecuária no Vale. Pouco atua na nossa região justamente porque se ausenta das discussões políticas e influência na formação de governos que possa lhe favorecer.

Falta ação política de lideranças do Vale, onde Dilma teve quase 80% dos votos e deputados federais e estaduais completaram suas votações, mas pouco se empenham em momentos estratégicos como este.

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