Luziinha faz 100 anos com festa e emoção Luzia Luiz de Souza , a Luziinha, completou 100 anos, nesta segunda-feira, dia 10.01. Seus amigos e amigas realizaram uma festa com muita alegria, em sua casa, no bairro São Francisco, em Berilo, no Médio Jequitinhonha, no nordeste de Minas.
Chamando todo mundo de Zoião, como sempre fez, Luziinha chorou o dia todo, segundo sua amiga Cleusinha. A todo momento chegava alguém para lhe abraçar e desejar saúde e mais um muncado de anos.
A maioria pedia-lhe a receita de como alcançar tantos anos, disposta, com saúde e lúcida. Ela falava, em tom de chacota, que aconselhava comer muito jatobá, mangaba, bago-pari, fruta natural, ter uma família boa e muitos amigos ao redor.
Chamando todo mundo de Zoião, como sempre fez, Luziinha chorou o dia todo, segundo sua amiga Cleusinha. A todo momento chegava alguém para lhe abraçar e desejar saúde e mais um muncado de anos.
A maioria pedia-lhe a receita de como alcançar tantos anos, disposta, com saúde e lúcida. Ela falava, em tom de chacota, que aconselhava comer muito jatobá, mangaba, bago-pari, fruta natural, ter uma família boa e muitos amigos ao redor.
Luziinha e seu velho cajado
Ela conta que teve seis filhos, mas todos se foram. Só lhe resta um neto, de 26 anos, que mora em Belo Horizonte. De vez em quando, ele vem lhe ver.
Contando histórias de muitas lutas do povo negro, Luziinha nasceu, cresceu e viveu na região do Caititu, região seca, de caatinga, montanhosa da zona rural de Berilo, na divisa com Francisco Badaró. Ali está um conjunto de comunidades quilombolas, todas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares. Luziinha e suas amigas, animadoras da festa
Ela não gosta de lembrar, mas algumas pessoas dizem que ela foi uma das mulheres preferidas de Jucão, o garanhão do Caititu que teve mais de 80 filhos.
Há cerca de 16 anos veio morar em Berilo em uma casa cedida pela Prefeitura. Recentemente, teve o benefício de uma casa popular da COHAB. Aposentou-se por idade, tendo que fazer todos os seus documentos, até então inexistentes. Nunca foi à escola. Na festa, um dos seus choros mais emocionantes foi quando recebeu um buquê de flores rosas dadas pelo amigo Tintim.
Luziinha e o blogueiro Banu
Embora sentada o tempo todo, em sua cadeira de madeira, bebeu cerveja, vinho e acompanhava alegre, com os olhos brilhando, a cantoria que saía das gargantas de suas amigas e dos acordes do violão de Zezé de Chiquinho Martuchelli, seu amigo de todas as horas.
Amigas cantando entusiasmadas o parabéns pra você
Cortou o bolo, doado por Lázaro Pereira Neves e o padeiro Ailson Sales. Ao apagar as velinhas, elas teimavam em voltar a acender. Ela dava tapas na mesa e reclamava: “Num vai apagar não?” “Vixe, nó! Vai durar mais 100 anos”, era o que se ouvia de muitas bocas.
Muita saúde e alegria, Luziinha!
Que a vida possa lhe dar tudo o que você ainda desejar, ensinando para outras gerações como viver tantos anos e com uma disposição física e emocional incomuns, cercada de muitos amigos.
Contando histórias de muitas lutas do povo negro, Luziinha nasceu, cresceu e viveu na região do Caititu, região seca, de caatinga, montanhosa da zona rural de Berilo, na divisa com Francisco Badaró. Ali está um conjunto de comunidades quilombolas, todas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares. Luziinha e suas amigas, animadoras da festa
Ela não gosta de lembrar, mas algumas pessoas dizem que ela foi uma das mulheres preferidas de Jucão, o garanhão do Caititu que teve mais de 80 filhos.
Há cerca de 16 anos veio morar em Berilo em uma casa cedida pela Prefeitura. Recentemente, teve o benefício de uma casa popular da COHAB. Aposentou-se por idade, tendo que fazer todos os seus documentos, até então inexistentes. Nunca foi à escola. Na festa, um dos seus choros mais emocionantes foi quando recebeu um buquê de flores rosas dadas pelo amigo Tintim.
Luziinha e o blogueiro Banu
Embora sentada o tempo todo, em sua cadeira de madeira, bebeu cerveja, vinho e acompanhava alegre, com os olhos brilhando, a cantoria que saía das gargantas de suas amigas e dos acordes do violão de Zezé de Chiquinho Martuchelli, seu amigo de todas as horas.
Amigas cantando entusiasmadas o parabéns pra você
Cortou o bolo, doado por Lázaro Pereira Neves e o padeiro Ailson Sales. Ao apagar as velinhas, elas teimavam em voltar a acender. Ela dava tapas na mesa e reclamava: “Num vai apagar não?” “Vixe, nó! Vai durar mais 100 anos”, era o que se ouvia de muitas bocas.
Muita saúde e alegria, Luziinha!
Que a vida possa lhe dar tudo o que você ainda desejar, ensinando para outras gerações como viver tantos anos e com uma disposição física e emocional incomuns, cercada de muitos amigos.
Vandim, Lázaro, Tintim e Edvan em uma roda de conversas
Nenhum comentário:
Postar um comentário