quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Governo Dilma e o desenvolvimento sustentável do Vale

Os governos e o desenvolvimento sustentável do Vale A Presidenta Dilma se chocará com uma ala do PT que propaga maior participação social e atendimento às demandas sociais.
Seu estilo de governar mais gerencial poderá gerar resultados que atendam às expectativas empresariais, gerando riqueza e emprego, mas sem comprometimento com distribuição de renda, direitos sociais e trabalhistas.

Seu discurso de gerar oportunidades está mais próximo de fortalecimento do empreendedorismo empresarial.
O Governador Antônio Anastasia tem visão parecida. Suas políticas de desenvolvimento regional estão mais para grandes empreendimentos, como redentores do progresso, que geram mais concentração de riqueza do que geração de trabalho e renda para muitos.

É hora das lideranças políticas/econômicas/culturais e movimentos sociais entenderem que a economia solidária, o empreendedorismo individual e as microempresas são a saída para a geração de trabalho e produção não-alienante.
Aliás, o desenvolvimento sustentável da maioria dos mais de 4 mil pequenos municípios brasileiros, com menos de 20 mil habitantes, entre eles os cerca de 200 do Vale do Jequitinhonha e norte de Minas, passam por esta via.

Chega de ficar sonhando com grandes empresas se instalarem nas pequenas cidades e todo mundo ficar dependendo dela.

A saída são os pequenos empreendimentos, gerando trabalho e renda para as famílias, pequenos grupos de produtores, organizados em cooperativas e associções diversas.

Empreendimento de produção e beneficiamento de produtos.

O comércio local está saturado com um amigo ou parente competindo com o outro, em algum nicho de mercado, furando o olho de cada um, achando que esta é uma competição salutar e normal na vida.

O pouco dinheiro que gira em uma pequena localidade não deve ser objeto de especulação e de luta fraticida da comunidade.

A verdadeira transformação vem da produção e transformação das coisas que a natureza nos oferece. Essa também é uma fonte de criação e satisfação humanas que podem tornar as pessoas mais felizes.

Acredito que o artesanato, os empreendimentos caseiros/familiar, grupos de produtores e sociais serão os caminhos de vocação sócioprodutiva e esteio do desenvolvimento sustentável do Vale do Jequitinhonha.

As Prefeituras municipais deverão despertar para isso, ainda mais agora que as saídas do corte de cana e colheita do café escasseiam oportunidades de assalariamento. Cerca de 30 mil agricultores familiares do Médio Jequitinhonha saem anualmente da região em busca do ganhame para a compra do pão para suas famílias.

Ou se busca saídas viáveis ou permaneceremos sonhando e reclamando que aqui não tem indústria, "eles lá de cima não importa com nós", "com o asfalto o progresso chega", "falta representantes políticos nossos", "a vida é assim mesmo".

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