Cavalgada virou moda no Vale
A Cavalgada já é uma preferência de esporte e lazer para muita gente no Vale. Os passeios a cavalo em grupos que variam de 30 a 80 cavaleiros já viraram moda no Vale do Jequitinhonha. Estes movimentos são organizados por aqueles que, mesmo morando na cidade, com atividades profissionais urbanas, não esqueceram os tempos vividos nas fazendas ou sítios, de forma mais permanente, por temporadas ou em curtos passeios.
Na foto acima, cavaleiros de Chapada do Norte.
É um movimento também de resgate de tradições populares, de paradas em pontos estratégicos para confraternização com comunidades,com muita bebida, comidas típicas de tropeiros, churrascos, cantorias e danças.
Nem sempre a música de raiz, a verdadeira caipira, prevalece. Em vez de viola, sanfona, triângulo, pandeiro e zabumba, prevalece um sonzão instalado em algum carro onde rola a música sertaneja - caipira da cidade, com duplas e cantos de saudades rurais - a preferida de agroboys, migrantes, fazendeiros profissionais dedicados ou de ocasião, vaqueiros e agricultores familiares.
A maioria das cavalgadas são curtas, de 5 a 15 quilômetros, geralmente no sábado ou domingo, em um período de 4 até 7 horas, da cidade até uma comunidade rural. Ou de uma comunidade rural de um município até outra de outro município vizinho. Chegando ao ponto final, há foguetes, vivas, cantos, danças, contação de causos, comidas e bebidas. (Foto de Cavalgada da Inconfidência em Berilo)
Muitas pequenas cavalgadas vem acontecendo em Minas Novas, Chapada do Norte, José Gonçalves de Minas, Berilo, Francisco Badaró, Araçuaí, Itinga, Joaíma, Jequitinhonha, Almenara, Rubim e em vários municípios do Vale.
Longas cavalgadas
Outras são longas, como a realizada em setembro/09, de Almenara a Trancoso, em Porto Seguro, na Bahia, passando por Rubim, Jacinto, Santo Antônio do Jacinto e Itabela-BA. Esta foi a Cavalgada do Mangalarga Marchador. O trajeto deu mais de 150 quilômetros, com a duração de 7 dias. Foi realizada por fazendeiros, empresários e autoridades judiciais e políticas. Esta aconteceu no Baixo Jequitinhonha, em Minas, e no Jequitinhonha baiano.(Foto: Cavalgada da Amizade, de Almenara)
Uma outra com longo trecho foi a realizada pela turma do Programa Turismo Solidário.
Cavaleiros de todo o Brasil se encontraram, Alto Jequitinhonha, para mais uma etapa do Campeonato Sela de Ouro, da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador. Acontecida na segunda semana de julho/09, a cavalgada saiu de Diamantina, percorreu cerca de 200 km pelas antigas trilhas usadas pelos tropeiros, num roteiro paralelo à Estrada Real. Cerca de 150 pessoas participaram, entre cavaleiros, tratadores, equipe de apoio e amigos se uniram para aliar o esporte à ação solidária.Passaram pelo Serro, Couto Magalhães, São Gonçalo do Rio Preto, Itamarandiba, Carbonita, Capelinha, Minas Novas e Chapada do Norte.
A cavalgada vem se firmando como uma prática de esporte e momento de lazer principalmente por aqueles que “saíram da roça, mas a roça não saiu deles”.(Foto acima, em frente à Igreja do Rosário de Chapada do Norte - Encontro de Cavaleiros do Jequitinhonha).
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