Aécio antecipa 2014 e já sai pelo Brasil em busca de votos
Pedro Venceslau (pvenceslau@brasileconomico.com.br)
Pedro Venceslau (pvenceslau@brasileconomico.com.br)
Movimentação de Aécio Neves se sustenta em dois pilares: estar em evidência no Congresso e manter ânimos tucanos sob controle
Longe de um entendimento com Serra, senador tucano bota o bloco na rua e prioriza Norte e Nordeste, onde tem poucos votos.
O ano de 2012 será intenso para o senador mineiro Aécio Neves (PSDB). Seus assessores estão montando uma agenda nacional de viagens sob medida para contemplar dois objetivos: ajudar a campanha dos candidatos a prefeito do partido e, ao mesmo tempo, torná-lo conhecido fora da região sudeste para abrir caminhos no pleito presidencial de 2014.
"Recebemos muitas solicitações e vamos usar os fins de semana para as viagens. A primeira parada será no Pará", conta um assessor do tucano. A escala foi escolhida a dedo.
"O Aécio não tem penetração nenhuma na região Norte. No Nordeste também não, mas lá ele tem boas pontes com o DEM. Já no Rio ele tem lastro e um bom campo para trabalhar", avalia o cientista político mineiro Rudá Ricci, autor do livro "Lulismo".
Ele observa, ainda, que enquanto o senador mineiro está em plena campanha para a sucessão de Dilma Rousseff, seu adversário interno no PSDB, o ex-governador paulista José Serra, patina em disputas internas em São Paulo.
"A candidatura do Aécio já está em campo, a do Serra ainda não. É necessário rodar o Brasil", diz o deputado federal Otávio Leite, pré-candidato do PSDB à prefeitura do Rio de Janeiro no ano que vem. "Estou negociando com ele (Aécio). Em janeiro vamos fazer alguma coisa no Rio. A presença dele agrega muito, repercute e traz votos", conclui o parlamentar.
"O Aécio será uma figura chave na eleição de 2012. Ele é o grande líder das oposições no Brasil. O que se espera dele é que coloque seu nome nacionalmente", diz, entusiasmado, o deputado federal mineiro Rodrigo Castro, principal interlocutor de Aécio Neves na Câmara.
Tabuleiro de xadrez
A estratégia do senador, que começou a ser desenhada no segundo semestre do ano, é dividida em dois pilares. O primeiro é manter-se em evidência no Congresso Nacional, colocando-se sempre na linha de frente dos grandes debates do Senado.
Para isso, Aécio montou uma verdadeira seleção em seu gabinete, que mistura assessores do tempo em que era governador de Minas com os melhores técnicos de Brasília.
O comandante da equipe é o servidor Mozart Viana, que durante vinte anos foi secretário-geral da Mesa da Câmara.
Neste ano o foco central das viagens foram os estados que estão na área de influência direta de outro forte presidenciável, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Aécio viajou diversas vezes para Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em todos os lugares, foi recebido como se estivesse em campanha.
"Quando o Aécio viaja, isso é bom para o partido e fortalece a gente. Mas é preciso deixar claro que essa uma estratégia dele e não do PSDB", relativiza o deputado federal Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. Em outra frente, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, ficou com a missão de manter a paz no quintal tucano. Ao contrário de José Serra, o senador não tem adversários internos em seu estado.
Pelo contrário. Em sua base, a situação política é tão confortável que o PSDB está em vias de reeditar a aliança com o PSB e o PT em torno do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. "A ofensiva do Aécio lembra muito a caravana do Lula nas campanhas de 1998 e 2002", lembra Rudá Ricci.
O ano de 2012 será intenso para o senador mineiro Aécio Neves (PSDB). Seus assessores estão montando uma agenda nacional de viagens sob medida para contemplar dois objetivos: ajudar a campanha dos candidatos a prefeito do partido e, ao mesmo tempo, torná-lo conhecido fora da região sudeste para abrir caminhos no pleito presidencial de 2014.
"Recebemos muitas solicitações e vamos usar os fins de semana para as viagens. A primeira parada será no Pará", conta um assessor do tucano. A escala foi escolhida a dedo.
"O Aécio não tem penetração nenhuma na região Norte. No Nordeste também não, mas lá ele tem boas pontes com o DEM. Já no Rio ele tem lastro e um bom campo para trabalhar", avalia o cientista político mineiro Rudá Ricci, autor do livro "Lulismo".
Ele observa, ainda, que enquanto o senador mineiro está em plena campanha para a sucessão de Dilma Rousseff, seu adversário interno no PSDB, o ex-governador paulista José Serra, patina em disputas internas em São Paulo.
"A candidatura do Aécio já está em campo, a do Serra ainda não. É necessário rodar o Brasil", diz o deputado federal Otávio Leite, pré-candidato do PSDB à prefeitura do Rio de Janeiro no ano que vem. "Estou negociando com ele (Aécio). Em janeiro vamos fazer alguma coisa no Rio. A presença dele agrega muito, repercute e traz votos", conclui o parlamentar.
"O Aécio será uma figura chave na eleição de 2012. Ele é o grande líder das oposições no Brasil. O que se espera dele é que coloque seu nome nacionalmente", diz, entusiasmado, o deputado federal mineiro Rodrigo Castro, principal interlocutor de Aécio Neves na Câmara.
Tabuleiro de xadrez
A estratégia do senador, que começou a ser desenhada no segundo semestre do ano, é dividida em dois pilares. O primeiro é manter-se em evidência no Congresso Nacional, colocando-se sempre na linha de frente dos grandes debates do Senado.
Para isso, Aécio montou uma verdadeira seleção em seu gabinete, que mistura assessores do tempo em que era governador de Minas com os melhores técnicos de Brasília.
O comandante da equipe é o servidor Mozart Viana, que durante vinte anos foi secretário-geral da Mesa da Câmara.
Neste ano o foco central das viagens foram os estados que estão na área de influência direta de outro forte presidenciável, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Aécio viajou diversas vezes para Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em todos os lugares, foi recebido como se estivesse em campanha.
"Quando o Aécio viaja, isso é bom para o partido e fortalece a gente. Mas é preciso deixar claro que essa uma estratégia dele e não do PSDB", relativiza o deputado federal Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. Em outra frente, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, ficou com a missão de manter a paz no quintal tucano. Ao contrário de José Serra, o senador não tem adversários internos em seu estado.
Pelo contrário. Em sua base, a situação política é tão confortável que o PSDB está em vias de reeditar a aliança com o PSB e o PT em torno do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. "A ofensiva do Aécio lembra muito a caravana do Lula nas campanhas de 1998 e 2002", lembra Rudá Ricci.
Jornal Brasil Econômico
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