Ministério da Saúde inaugura Unidade de Pronto Atendimento-UPA em Teófilo Otoni
Em dois meses de funcionamento, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, já atendeu cerca de 14 mil pacientes, fez mais de dois mil exames radiológicos e quase três mil exames laboratoriais.
A unidade, inaugurada oficialmente nesta quarta-feira (28.12), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, está aberta desde outubro deste ano, mas não em sua capacidade total.
A UPA faz parte da estratégia das Redes de Urgência e Emergência que estão sendo implantadas em Minas Gerais. A rede planejada para a Macrorregião Nordeste, polarizada por Teófilo Otoni, estará totalmente instalada em fevereiro.
A UPA tem capacidade para atender até 400 pessoas por dia. Conta com uma equipe de seis médicos, 19 leitos, posto de enfermagem, sala de exames, laboratórios, sala de urgência e sala de classificação de risco. A unidade funcionará em regime de plantão 24 horas, todos os dias da semana.
Os recursos de manutenção vem das três esferas de governo. O Ministério da Saúde vai destinar mensalmente R$ 300 mil e o Governo de Minas e a prefeitura de Teófilo Otoni, R$ 250 mil cada, totalizando R$ 800 mil por mês.
A administração da unidade caberá ao Hospital Santa Rosália em Teófilo Otoni. Atualmente, em parceria com os programas governamentais, o hospital presta serviços à população dos Vales do Mucuri, Jequitinhonha, São Mateus e também de cidades do sul da Bahia e Norte do Espírito Santo.
Fim do passivo histórico
Durante a inauguração, o ministro Alexandre Padilha afirmou que a UPA de Teófilo Otoni sinaliza para a reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS), que na sua concepção original privilegiou a atenção primária e a assistência hospitalar.
“As Unidades Básicas de Saúde (UBS) têm horário para abrir e para fechar, mas o cidadão não tem hora para adoecer. Assim, se ele sente alguma coisa depois que a unidade fecha, só lhe resta recorrer aos hospitais. As UPAs vieram preencher essa lacuna”, garantiu o ministro.
As UPAs, segundo o secretário Antônio Jorge, vieram recuperar um passivo histórico na saúde. “São equipamentos bem financiados”, destacou ele, ao se referir ao custeio tripartite. “Cada ente federado – Município, Estado e União - faz o aporte financeiro acordado. No caso de Teófilo Otoni, ao Estado cabe o aporte anual de R$ 3 milhões/ano, mesmo valor sob a responsabilidade do Município; o governo federal participa com R$ 3.6 milhões/ano”, completou.
“Temos um sentimento de reconhecimento regional”, disse a prefeita de Teófilo Otoni, Maria José Hauisen, ao elencar os avanços da saúde no município e na macrorregião e citar a Rede de Urgência e Emergência. “Reconhecemos o esforço coletivo para que aqui o milagre da vida se multiplique”, disse.
O diretor técnico do Hospital Santa Rosália, Ilter Martins, lembrou a origem da UPA de Teófilo Otoni. “Em 2007, o Governo de Minas convidou o Santa Rosália para ser parceiro no atendimento macrorregional. Para isso, fez grande aporte de recursos do Tesouro. A partir de 2010, o aporte tripartite possibilitou a abertura do serviço. O que vemos hoje é o resultado dessa parceria”, reconheceu. “Inicialmente ali era uma policlínica, que com um esforço político muito grande, junto ao Ministério da Saúde, conseguimos qualificar como UPA”, completou Antônio Jorge.
Assistência hospitalar: Hospital regional
O secretário adiantou que o Governo de Minas vai participar da implantação de um hospital regional com capacidade para 400 leitos. “Será um centro de traumatologia que vai atuar em sintonia fina com a Rede de Urgência e Emergência. Vamos co-financiar as portas de entrada dos hospitais dos municípios da região. Para garantir o custeio, o aporte adicional será de R$ 36 milhões/ano. Com isso, vamos garantir a fixação dos profissionais de saúde no entorno de Teófilo Otoni, desconcentrando o Santa Rosália”.
Além do hospital regional, Antônio Jorge também anunciou que será criada uma “força tarefa” para a reabertura do Hospital São Lucas. “Esse dever de caso, possível e urgente, envolverá Município, Estado e governo federal, para que possamos, o mais rápido possível, entregar à população um hospital com 120 leitos.
Agência Minas e Ministério da Saúde
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