Outras cidades do Vale seguem seus passos e sons
Fonte: G1 - Carolina FarahDo G1 MG
Os diamantes da região deram o nome à cidade histórica mineira conhecida pelo patrimônio e pela musicalidade. Diamantina, na região do Alto Jequitinhonha,, inspira notas musicais, é o que dizem moradores imersos em um cenário de arte e cultura. Um artesão, um historiador e um músico lançaram um olhar sobre a cidade e um convite ao turista.
“Quando chega um visitante em Diamantina, é hora de correr e juntar os amigos para apresentar a seresta. Não tem dia marcado, nem horário definido. Tocamos e cantamos por puro prazer”, diz Expedito Silvério da Silva, 79 anos, músico e seresteiro desde os tempos da juventude.
De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, Diamantina recebe cerca de 150 mil turistas por ano. Nas ladeiras, becos e praças, o visitante se depara com os casarões e suas histórias, que deram à cidade o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Mais que profissão, a música é motivo de orgulho. “O pagamento para nós seresteiros é ver o brilho nos olhos dos turistas, o canto que nos acompanha e o sorriso estampado nos rostos destas pessoas. A salva de palmas ao final é a maior recompensa”, conta Silva emocionado.
O historiador Erildo Antônio Nascimento de Jesus, 49 anos, diz que em todas as famílias da cidade existe pelo menos um músico, e não é à toa que também é conhecida como a “Capital Brasileira da Seresta”.
Comentário:
Outras cidades do Vale do Jequitinhonha que vivem nos poros "a arte de combinar os sons" são Francisco Badaró, no Médio Jequitinhonha, e Joaíma, na Baixo Jequitinhonha. Nestas duas cidades, você anda pelas e sempre sente nos ouvidos alguns bemóis e sustenidos, afinados com o sentimento de quem toca um instrumento. Geralmente, são instrumentos de sopro.
Quando você dá uma espiadinha para ver quem é o artista, se surpreende com uma criança ou adolescente, que sorri docemente completando a melodia.
O povoado de Vila Santo Izidoro, uma comunidade quilombola de Berilo, no Médio Jequitinhonha, é outra raridade de musicalidade. As poucas ruas do lugar crescem nos sons das clarinetes, saxofones, pistons e trombones.
Quem será que injetou tanta música nas veias e células do povo do Jequitinhonha?
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