Projeto prevê descobrir novas reservasA Petrobrás vai perfurar 67 poços exploratórios até 2015 dentro do projeto Varredura, que prevê descobrir novas reservas abaixo dos campos já em declínio da Bacia de Campos. Segundo o coordenador de Relações Externas da área de Exploração e Produção da estatal, Eduardo Molinari, a produtividade em cada poço perfurado nesta região tem surpreendido os técnicos da estatal. "Estamos obtendo média de 20 mil a 22 mil barris por dia num poço deste tipo", afirmou em rápida entrevista após reunião da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) para apresentar os resultados da empresa e seu Plano de Negócios para o período 2011 e 2015. Previsto para dirigir a sessão, o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, esteve ausente.
O programa Varredura já descobriu 2,235 bilhões de barris recuperáveis nas Bacias de Campos e do Espírito Santo, sendo 1,1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe) no pós-sal dos campos de Marimbá, Marlim Sul e Pampo e 1,13 bilhão no pré-sal dos campos de Barracuda, Caratinga, Marlim, Marlim Leste, Albacora e Albacora Leste. Molinari, no entanto, não quis se comprometer a estimar qual poderá ser o acréscimo na produção e nas reservas da empresa vindas desta região.
Para ele, a principal vantagem do projeto é acelerar a produção aproveitando infraestrutura já instalada no local. "Temos na Bacia de Campos várias plataformas já existentes com a infraestrutura interligada principalmente a gasodutos e oleodutos. Se os poços exploratórios resultam em sucesso podemos interligá-los. Mas não dá para dizer qual vai dar ou não certo. Em Tracajá, tivemos um excelente resultado e vamos perfurar um segundo poço lá. Já em Canindé não tivemos sucesso no poço de extensão", afirmou.
Molinari destacou que o pré-sal puxou para cima o índice de sucesso na perfuração de poços. Considerando os 100% de sucesso obtidos no pré-sal do polo de Tupi, na Bacia de Santos, a média nacional atingiu a 57% em 2010. A média mundial é de 25%, porcentual que era acompanhado pela Petrobras de perto antes das descobertas do pré-sal. Molinari destacou ainda que, se considerada a totalidade no pré-sal no Brasil, o índice de sucesso é de 88%.
Novas sondas
A expectativa, disse ele, é de que até o final de 2011 dez novas sondas com profundidade superior a 2 mil metros cheguem do exterior para operar não somente na Bacia de Santos e de Campos, mas na região do Jequitinhonha e também em Sergipe. "Em Sergipe tivemos uma boa descoberta, não é pré-sal, mas a profundidade elevada exige a entrada de uma destas sondas", disse.
Para a região do polo de Tupi, ele garante a entrada de pelo mais um Teste de Longa Duração no bloco BM-S-9 - que contém as áreas de Carioca e Guará. O bloco é uma das prioridades da empresa no momento, já que sua declaração de comercialidade tem que ser feita para a Agência Nacional do Petróleo (ANP) até o final do ano.
Molinari também estima para os próximos meses a conclusão do primeiro poço em Franco - primeira área da cessão onerosa a ser explorada pela estatal. Até meados de 2012, a companhia também conclui estudos sísmicos 3D para a área, que deverá ter pelo contrato pelo menos mais um poço exploratório ao longo dos próximos quatro anos. A comercialidade de Franco deve ser declarada somente em 2015.
FONTE: AE
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