Dia de Campo da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), na quarta-feira (22/7), permitiu revelar o grande potencial para o cultivo
Erasmo Pereira
Experimentos em Água Boa foram realizados entre 2009 e 2014, com participação de pesquisadores
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realizou, em Água Boa, na região do Rio Doce, o dia de campo "Tecnologias para a produção de café Conilon”. O evento apresentou os resultados de experimentos com as variedades Vitória 9142 e Robustão Capixaba realizados entre 2009 e 2014 em uma propriedade do município, com acompanhamento de pesquisadores e bolsistas da Epamig Sul de Minas.
“Os estudos apontaram grande potencial para o cultivo do conilon nesta região, que se caracteriza pela baixa altitude (cerca de 400m) e pelas altas temperaturas”, afirma o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura da Epamig, César Elias Botelho.
As variedades testadas se destacaram pela adaptabilidade, produtividade e boa peneira (tamanho dos grãos). “A variedade robustão capixaba obteve média de 73,5 sacas por hectare no experimento. Não podemos garantir que esses números se repetirão em lavouras comerciais, mas podemos assegurar a aptidão da região para a produção do Conilon”, explica César Botelho.
Proprietário da Fazenda Surubim, onde foram realizados os experimentos e o dia de campo, Valdemar Monteiro dos Santos, o Totim, está otimista e pretende aumentar área plantada, que atualmente é de cinco hectares. “Vou diminuir o número de vacas e a área de pasto e investir em café que está tendo um bom mercado. Nos dois últimos anos vendi toda minha produção cerca de 30 dias antes da colheita”, conta.
Dados da Emater Regional apontam que desde a implantação do experimento em 2009 mais de 100 hectares de café conilon foram plantados no município. “A tradição aqui é a criação de gado de leite e de corte. Resolvi apostar em uma mudança depois de participar de um dia de campo sobre a produção de café conilon. Busquei auxílio e publicações sobre o assunto e em março deste ano iniciei o plantio em uma área de 15 hectares”, conta o produtor Ivair Cordeiro de Freitas. “Espero que mais produtores optem também pelo café, pois a perspectiva é de que com mais gente produzindo e maior apoio técnico, da pesquisa e do governo possamos diminuir os custos do processo de produção e aumentar a margem de lucro”, conclui.
O viveirista Edivaldo Batista Machado dedica-se há três anos à produção de mudas de café conilon e tem clientes nos municípios de Água Boa, Santa Maria do Suaçuí, São Pedro do Suaçuí, Angelândia e José Raydan. “Minha família sempre produziu leite e cachaça. Quando percebi o crescimento da cafeicultura na região decidi participar de treinamentos e produzir mudas. Trabalho sob demanda e a procura vem crescendo ano a ano”, afirma.
Experiência Capixaba
Nas estações de campo, os pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) Paulo Antônio Volpi e Abraão Carlos Verdin Filho apresentaram técnicas para produção de mudas e poda de café conilon praticadas no Espírito Santo. O estado produz anualmente cerca de 9 milhões de sacas de café conilon e Instituto é referência em pesquisas sobre a cultura.
“Muitos produtores mineiros, vão ao Espírito Santo conhecer as tecnologias aplicadas ao conilon”, informa Paulo Antônio Volpi.
“Os estudos apontaram grande potencial para o cultivo do conilon nesta região, que se caracteriza pela baixa altitude (cerca de 400m) e pelas altas temperaturas”, afirma o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura da Epamig, César Elias Botelho.
As variedades testadas se destacaram pela adaptabilidade, produtividade e boa peneira (tamanho dos grãos). “A variedade robustão capixaba obteve média de 73,5 sacas por hectare no experimento. Não podemos garantir que esses números se repetirão em lavouras comerciais, mas podemos assegurar a aptidão da região para a produção do Conilon”, explica César Botelho.
Proprietário da Fazenda Surubim, onde foram realizados os experimentos e o dia de campo, Valdemar Monteiro dos Santos, o Totim, está otimista e pretende aumentar área plantada, que atualmente é de cinco hectares. “Vou diminuir o número de vacas e a área de pasto e investir em café que está tendo um bom mercado. Nos dois últimos anos vendi toda minha produção cerca de 30 dias antes da colheita”, conta.
Dados da Emater Regional apontam que desde a implantação do experimento em 2009 mais de 100 hectares de café conilon foram plantados no município. “A tradição aqui é a criação de gado de leite e de corte. Resolvi apostar em uma mudança depois de participar de um dia de campo sobre a produção de café conilon. Busquei auxílio e publicações sobre o assunto e em março deste ano iniciei o plantio em uma área de 15 hectares”, conta o produtor Ivair Cordeiro de Freitas. “Espero que mais produtores optem também pelo café, pois a perspectiva é de que com mais gente produzindo e maior apoio técnico, da pesquisa e do governo possamos diminuir os custos do processo de produção e aumentar a margem de lucro”, conclui.
O viveirista Edivaldo Batista Machado dedica-se há três anos à produção de mudas de café conilon e tem clientes nos municípios de Água Boa, Santa Maria do Suaçuí, São Pedro do Suaçuí, Angelândia e José Raydan. “Minha família sempre produziu leite e cachaça. Quando percebi o crescimento da cafeicultura na região decidi participar de treinamentos e produzir mudas. Trabalho sob demanda e a procura vem crescendo ano a ano”, afirma.
Experiência Capixaba
Nas estações de campo, os pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) Paulo Antônio Volpi e Abraão Carlos Verdin Filho apresentaram técnicas para produção de mudas e poda de café conilon praticadas no Espírito Santo. O estado produz anualmente cerca de 9 milhões de sacas de café conilon e Instituto é referência em pesquisas sobre a cultura.
“Muitos produtores mineiros, vão ao Espírito Santo conhecer as tecnologias aplicadas ao conilon”, informa Paulo Antônio Volpi.
Fonte: Agência Minas
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