Incentivo deu resultados: 121 medalhas foram conquistadas com bolsistas do Ministério do Esporte.
Resumo do Pan: Os de cima descem, os de baixo sobem e o Brasil fica em 3º.
Resultado um pouco abaixo do esperado. Alguns esportes tradicionais decepcionaram, mas modalidades “menores” brilharam .
Os Jogos Pan-Americanos se encerraram neste domingo, 26.07, e o Brasil, em número de medalhas de ouro e de total de pódios, ficou um pouco abaixo do esperado. Foram 40 ouros e um total de 141 medalhas. Há quatro anos, em Guadalajara, foram 48 títulos e o mesmo número de pódio.
No quadro geral de medalhas, o Brasil repete a terceira posição de 2007 e 2011, mas com uma diferença. Nos dois anos citados, Cuba foi o segundo colocado. Desta vez, o time verde-amarelo ficou na frente de Cuba, mas atrás do Canadá.
Veja aqui a lista completa de nossas medalhas em Toronto
A verdade é que esportes tradicionais como judô, ginástica, vela e principalmente atletismo não conseguiram o resultado esperado. As quatro modalidades ficaram com menos títulos que há quatro anos. Sem essa força nas quatro modalidades, era evidente que o país sairia menos laureado do Pan.
Por outro lado, os esportes "menores” mostraram que estão evoluindo bastante. Modalidades como canoagem e tiro, não tão tradicionais por aqui, terminaram com três medalhas de ouro cada uma. Luta olímpica, levantamento de peso e badminton conseguiram as melhores campanhas da história, o que mostra o salto destas categorias. E como não citar o tênis de mesa, que saiu com sete medalhas, quebrando várias marcas em Toronto.
A natação foi a principal modalidade do país nos Jogos. Foram dez ouros e um total de 26 medalhas, com destaque para Thiago Pereira, que atingiu o recorde histórico de pódios em Jogos Pan-Americanos, João de Lucca, que sai com três medalhas de ouro (100m, 4x100m e 4x200) e Brandonn Almeida, que quebrou o recorde mundial júnior dos 400m medley. Além, é claro, de Etiene Medeiros, que conquistou o primeiro ouro feminino da história do Brasil no Pan.
Grandes expoentes do esporte nacional confirmaram no Pan suas condições de estrelas. Foram os casos de Yane Marques do pentatlo moderno, Tiago Camilo e Érika Miranda do judô e Fernando Reis do levantamento de peso.
Os esportes que não são olímpicos brilharam na delegação brasileira. Só no caratê foram três ouros, com destaque para Douglas Brose, campeão mundial. O boliche e a patinação também saíram com o título, graças a Marcelo Suartz e Marcel Sturmer respectivamente.
O Pan também marcou a força dos esportes coletivos. O handebol saiu com duas medalhas de ouro, o futebol feminino foi campeão, assim como o basquete masculino, e o vôlei chegou a duas finais. Polo aquático também atingiu parte do objetivo, e saiu com uma prata e um bronze.
Em um evento com tantas modalidades, claro que algumas ficam abaixo do esperado. Além das já citadas, é importante lembrar que triatlo, remo e nado sincronizado não atingiram as expectativas.
E como será nas Olimpíadas do Rio?
Apesar do resultado um pouco abaixo do esperado em número de medalhas, a projeção para as Olimpíadas de 2016 segue a mesma: o Brasil deve terminar os Jogos entre os dez primeiros colocados.
De positivo pensando nas Olimpíadas, o Pan teve alguns resultados surpreendentes: o time de hipismo CCE ficou com a prata, superando o Canadá e muito perto dos EUA, que é uma das potências da modalidade.
Na natação, Henrique Rodrigues venceu os 200m medley com o terceiro tempo do ano até o momento, o que o coloca como candidato ao pódio em qualquer competição.
No tiro, Cássio Rippel foi campeão da carabina deixando para trás o líder do ranking mundial.
Estrelas consagradas do esporte brasileiro também conseguiram resultados que deixam boas perspectivas para 2016. São os casos de Yane Marques, do pentatlo, Isaquias Queiroz, da canoagem, Érika Miranda e Tiago Camilo, do judô, Fernando Reis, do levantamento de peso e Felipe França da natação.
Também é importante ressaltar que títulos históricos como os de Etiene Medeiros nos 100m costas, Joice Silva na luta e Hugo Calderano no tênis de mesa têm que ser muito comemorados. Mas, em termos olímpicos, os três ainda precisam subir um degrau para brigar pelo pódio.
Por fim, o Pan registrou algumas derrotas pontuais das maiores estrelas do Brasil. Derrotas essas que não preocupam para 2016, nem tiram o favoritismo das atletas: Mayra Aguiar, que perdeu para a campeã olímpica de judô, Fabiana Murer, que caiu para a vice-campeã olímpica no salto com vara, e Robert Scheidt, que terminou com a prata em condições de vento que não está acostumado.
Mensagem da Presidenta Dilma aos atletas brasileiros:
“Com muito orgulho, faço neste domingo, dia do encerramento dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, uma homenagem especial aos nossos atletas que mostraram força e determinação no Canadá.
Nossa alegria se torna ainda maior porque pudemos ajudar a construir o caminho em direção às medalhas.
Dos 141 pódios alcançados pelo Brasil, 121 foram conquistados por atletas e equipes que recebem patrocínio do governo federal.
Mais de 70% da delegação brasileira em Toronto é formada por bolsistas do Ministério do Esporte.
Tenho certeza de que vamos colher ainda mais frutos nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, no ano que vem.
Temos o compromisso de apoiar o esporte e temos consciência do seu poder transformador.
Atletas como o nadador Thiago Pereira, que se tornou em Toronto o maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos, são exemplos para nossas crianças.
Assim como é louvável a presença dos meninos da Liga de Desenvolvimento de Basquete no time campeão pan-americano. O jovem Isaquias Queiroz, que conheceu a canoagem em sua cidade natal, Ubaitaba, na Bahia, por meio do programa Segundo Tempo, hoje é campeão pan-americano e mundial. As irmãs Lohaynny e Luana Vicente, que ganharam no Canadá a primeira medalha do badminton brasileiro feminino, entraram no esporte por meio de um projeto social na comunidade da Chacrinha, no Rio de Janeiro. Davi Albino, da luta greco-romana, ex-menino de rua, deu um depoimento emocionante ao Portal Brasil 2016 sobre o papel fundamental do Bolsa Atleta para a construção de sua trajetória vitoriosa no esporte.
Saúdo as meninas da seleção brasileira de futebol, que a cada competição internacional dão demonstrações da sua garra e abnegação.
Parabenizo a todos que competiram em Toronto e aproveito para desejar boa sorte aos nossos atletas paralímpicos que disputarão, daqui a duas semanas, os Jogos Parapan-Americanos".
Cléria Nunes, no facebook, escreveu:
"Sobre o Pan e a redução da maioridade penal...
Nos últimos dez anos o Brasil quase que duplicou o número de medalhas de ouro no Pan. Em 1995 (início do governo FHC) ficamos em 6° lugar com apenas 18 medalhas de ouro. Nas edições de 1999 e 2003 (troca de governo em janeiro), 4° lugar com 25 e 29 medalhas.
Em 2007, 2011 e 2015, mantivemos o 3°lugar com 52, 48 e 41 medalhas de ouro respectivamente, melhorando consideravelmente.
Fico pensando se a sociedade exigisse dos governos - ao invés de novas delegacias e penitenciárias, ao invés de se mobilizar por redução da maioridade penal - a criação de centros esportivos, principalmente nestas comunidades carentes...
Com certeza, ocuparíamos o pódio máximo no ranking de medalhas...."
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