sábado, 16 de julho de 2011

ENEM mostra baixa qualidade de escolas do Vale

ENEM mostra baixa qualidade de escolas do Vale
Acima de 600 pontos: duas escolas de Salinas, uma de Diamantina e outra de Araçuaí

Os resultados do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, de 2010, demonstram que o Ensino Médio tem muito que mudar em todo o Vale do Jequitinhonha.

As notas alcançadas estão bem abaixo das médias estaduais e nacionais. As notas de corte divulgadas pelas Universidades públicas para acesso a seus cursos, através do SISU – Sistema de Seleção Unificada, do Ministério da Educação, ou a faculdades particulares com bolsas integrais, através do PROUNI – Programa Universidade Para Todos, só são alcançadas por algumas poucas escolas particulares e raras públicas.

A média nacional do ENEM é de 500 pontos, em 1.000 pontos totais. Mas, as notas de corte, menores notas de cada curso superior, varia de acordo com a demanda.

Ou seja, nos cursos de Medicina, por exemplo, a nota de corte deve ser acima de 700. Senão, dificilmente o candidato conseguirá uma vaga. Com notas abaixo de 600 é raro entrar em uma escola pública federal ou estadual, ou mesmo conseguir bolsa integral nas melhoras faculdades, em algum curso mais concorrido.

Salinas e Diamantina são destaques
As duas cidades se destacam como as melhores escolas particulares e públicas.

Das melhores notas da região destacam-se duas escolas de Salinas: o Instituto Nossa Senhora Aparecida, com 618, e o Colégio Presbiteriano, com 615. O Colégio Diamantinense conseguiu 607 pontos. O Colégio Nazareth, de Araçuaí, alcançou 603; o Instituto Educacional Manoel Luiz Pego, de Capelinha, com 577; o Colégio Politécnico Dom Luciano, de Itamarandiba, com a nota 574; o Colégio Comercial Dr Fernando Magalhães, de Almenara, com 568,3; e a Hagrogemito, de Araçuaí, com 558.

Das escolas públicas, o Colégio Tiradentes de Diamantina, sai na frente. Obteve 580 pontos. Logo após, vieram o IFNMG, ex-Escola Agrotécnica, de Salinas, com 526; Escola Estadual Antônio Lago, de Capelinha, com 522,2; Escola Estadual Tancredo Neves, de Couto Magalhães de Minas, com 506,1; Escola Estadual João Batista, de Itamarandiba, com 504; Escola Estadual Américo Antunes Oliveira, de Turmalina, com 498; Escola Estadual Coronel Coimbra, de Carbonita, com 491; e Escola Estadual Industrial São Jose, de Araçuaí, e Escola Estadual Prof. Ayná Torres, de Diamantina, com 490 pontos.

Segundo o Inep, 500 pontos é a média nacional de todos os participantes do exame regularmente matriculados no terceiro ano do ensino médio regular em 2009. Os dados do Enem, em todo o Brasil, mostram que 64% das escolas da rede pública ficaram acima dessa média. 62,7% fizeram entre 500 e 600 pontos e 1,3% fizeram mais que 600 pontos. Ou seja, 36% das escolas não conseguiram a nota média de 5 em 10.


Isso significa que quase todas as escolas de ensino médio do Vale ficaram abaixo da média nacional. Apenas 8 escolas particulares e 4 públicas conseguiram aalcnaçar 500 pontos. Os alunos do Vale tiveram muitas dificuldades em conseguir acesso ao ensino superior, pelo SISU ou PROUNI.

Para fazer uma comparação, veja as notas de corte ou mínimas do sistema USP, em 2010:
Arquitetura – USP São Carlos 530
Direito 600
Economia, Administração e Ciências Contábeis 530
Engenharia Química – USP Lorena 560
Fisioterapia – USP Ribeirão Preto 4100
Farmácia Bioquímica 5500
Engenharia – USP São Carlos 600
Economia – USP Ribeirão Preto 450
Medicina 740
Psicologia 560
Medicina Veterinária 490
Odontologia – USP Ribeirão Preto 440
Medicina Veterinária 490
Nutrição 450

Com informações do INEP, FUVEST e Ministério da Educação

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