sábado, 16 de julho de 2011

Araçuaí: Traumatismo craniano mata “Balim”, personagem folclórica da cidade

Araçuaí: Traumatismo craniano mata “Balim”, personagem folclórica da cidade Balim morreu aos 51 anos de idade no Pronto-Socorro de Belo Horizonte
Toda cidade tem suas figuras folclóricas, camaradas com histórias absurdas e esdrúxulas, depois contadas e recontadas pelos botecos da vida. Aderbal Marcelo de Almeida, mais conhecido por “Balim”, era um desses personagens. Entrou para o folclore de Araçuaí como uma das figuras mais pitorescas da cidade nos anos 70/80.

Querido por todos, ele faleceu aos 51 anos de idade, na noite de 9 de julho no hospital João XXII (Pronto Socorro de Belo Horizonte) vítima de traumatismo craniano.

Segundo seus familiares, ao chegar na casa de sua irmã Maria Auxiliadora, no bairro Água Branca em Contagem, onde morava desde 1990, ele tropeçou em uma escada que da acesso ao seu barracão, batendo com a cabeça várias vezes , depois de rolar escada abaixo. Levado ao hospital, faleceu um dia após o acidente.

Em Araçuaí, era comum encontrar Balim com seu surrado terno e gravata colorida, acompanhado de sua inseparável pasta executiva “ James Bond “, recheada de papéis de coisa nenhuma. Foi amigo inseparável dos universitários, estagiários do Campus Avançado do Projeto Rondon que funcionou em Araçuaí de 1971 a 1981, no antigo prédio da Escola Hagrogemito.



Não era chegado a pobres e, como ele mesmo gostava de dizer em sua voz fanhenta: “ pobre dá azar”. Coitado, Tinha o dia e a noite. Não podia ver sobrevoar um avião que logo colocava seu terno de gala e se postava em meio a autoridades locais para receber quem quer que seja. Era assíduo freqüentador de bares da moda, onde sempre era bem recebido pelos clientes e proprietários. Não pagava nada.

Filho biológico de uma outra figura folclórica de Araçuaí, Virgínia Pelanca, foi adotado após 6 dias de nascido pelo casal José Marcelo de Almeida e Sila Maria de Almeida. Nunca soube quem era seu pai verdadeiro. Após falecimento dos pais adotivos, mudou-se para Contagem em 1990 onde vivia com sua irmã adotiva, Maria Auxiliadora.

Certamente está no céu com outras figuras inesquecíveis de Araçuaí, como Maria Pretinha, Otávio Lacrão, Melete e tantos outros que fizeram sua história de forma alegre e irreverente. Nunca esqueceremos do nosso querido Balim. Sua alegria vai nos fazer falta.


Texto de Sérgio Vasconcelos, publicado no gazetadearacuai.webnode.com.br

Um comentário:

Unknown disse...

Morava na casa de sua irma Graça em Contagem, pessoa querida por todos nós. Como dizia "to na midia", isso porque sempre frequentava lugares onde havia pessoas de alto nível intelectual. Eita balim, sentiremos falta de sua pessoa e de seus casos. Descanse em paz. Meu tio emprestado.

Postar um comentário